Mario nega saber oficialmente sobre cassação, TRE determina que André assuma o cargo.

Em entrevista a uma emissora comunitária, o prefeito afirmou que a cassação era incerta e que havia especulação sobre o assunto

19 SET 2018Por ELDA BRAGA20h39

Depois do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidir cassar o mandato do prefeito de Caarapó, Mário Valério e de seu vice Martim do Posto, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) determinou que a Câmara Municipal da cidade emposse, na próxima sexta-feira (21), o presidente da Casa, André Luiz Nezzi (PDT), como prefeito.

A Câmara de Caarapó foi notificada sobre a cassação de Mário e a necessidade de nova posse para o cargo majoritário na segunda-feira (17). Apesar do prefeito cassado negar ter sido comunicado oficialmente sobre o assunto, ele garantiu aos caarapoenses que estava trabalhando normalmente. 

Mario Valério disse estar sendo vítima de especulações e afirmou acreditar na justiça e em Deus. Na ocasião, ele se referia a repercussão da decisão do tribunal, que foi amplamente divulgada através de vídeos em redes sociais e também na imprensa local.

Nesta quarta-feira (19) ficou definido que a sessão extraordinária para a posse de Nezzi ocorrerá às 10 horas da sexta-feira (dia 21),  na sede da Câmara Municipal de Caarapó.

Segundo a determinação do TRE, o vereador comandará a cidade até que eleições suplementares sejam convocadas pela Justiça Eleitoral. Após a convocação, os moradores da cidade deverão voltar às urnas para escolher novo prefeito.

Mário e o vice foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral por compra de votos, abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Na decisão colegiada, o ministro Edson Fachin confirmou a decisão do Tribunal e, em termos técnicos, afirmou que errar é humano. A decisão do Tribunal foi unânime pela cassação do prefeito, apesar de o mandatário continuar afirmando que não havia nada de oficial, apenas especulações.

Apesar de não ser novidade para a maioria dos moradores do município, a notícia da cassação deixa o clima tenso, por causa da rivalidade dos grupos que já começam a se organizar em torno da disputa que vai acontecer nas eleições locais a serem convocadas, logo após o pleito já anunciado para 7 de outubro.

 

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