A justificativa do prefeito André Nezzi para não continuar mantendo na escola municipal Candido Lemos os oitavos e nonos anos, mesmo sendo obrigação do Estado, é que a folha de pagamento está inchada, muito além do que a Lei de Responsabilidade Fiscal permite.
Na semana passada o prefeito decidiu reduzir o próprio salário e o do vice em 15% , e de todos os servidores do primeiro escalão (que são os cargos de confiança) em 10%, para conseguir chegar ao teto máximo permitido pela lei - que é 54%.
A medida do estado de passar aos municípios a responsabilidade pelo 1º ano da fase inicial, pegou Nezzi de surpresa, lutando contra uma folha de pagamento “super inchada”. A prefeitura terá agora que assumir mais de 200 alunos, já matriculados.
Por causa do aperto nas contas o prefeito resolveu então não manter mais as turmas de oitavos e nonos anos na escola municipal, porque essa não é uma obrigação do município e sim do Estado. Pais, alunos e direção da escola municipal Candido Lemos, não aceitam a decisão de André e querem força-lo a se solidarizar com as crianças que estão desde o pré escolar e não querem mudar.
Com o orçamento estourado o prefeito alega que não tem como assumir, que não irá se comprometer, e pede aos pais e diretores que negociem com o Estado, através de uma reunião marcada com o promotor de Caarapó e a Secretaria de Educação do Estado.
O encontro previsto para quinta-feira (06), às 10h, no Ministério Público de Caarapó deve ser de ânimos acirrados, até lá segue como determinou o estado.
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