Prefeitura troca areia de praça central após denuncia de contaminação bacteria

A denuncia não foi confirmada, mas a possibilidade de evitar outros tipos doenças por larvas de vermes levou a troca da areia

29 JAN 2019Por Elda Braga19h12

A Prefeitura de Caarapó acaba de fazer a substituição da areia do parque infantil da Praça Mário Martines Ribeiro, a Praça Central da cidade. Havia suspeita de contaminação da areia antiga, tendo sido inclusive ventilada a possibilidade de uma criança ter contraído doença por essa razão a Secretaria Municipal de Saúde enviou amostra da areia a um laboratório para análise, cujo resultado descartou a contaminação. Porém, foram apontados indícios da existência de bicho geográfico.

“Diante desse fato, determinamos a substituição de toda a areia do parque”, disse o prefeito André Nezzi, que recentemente visitou o local, acompanhado dos secretários Aparecido dos Santos (Governo e Infraestrutura) e Douglas Batista de Sousa (Suprimento e Logística).

André Nezzi anunciou ainda a troca e manutenção dos brinquedos do parque da Praça Central e de outros parques da cidade. “Teremos locais adequados e sem risco para as nossas crianças”, disse o prefeito.

Bicho geográfico

O bicho geográfico a que o prefeito André Nezzi fez alusão, com possível ocorrência na areia antiga da Praça Central, é conhecido como Larva migrans cutânea.

 

De acordo com a dermatologista Aleksana Viana,  trata-se de uma doença de pele causada pela entrada de parasitas através de feridas ou cortes na pele, causando sintomas como coceira e vermelhidão.

Esses parasitas estão presentes no intestino e nas fezes de animais domésticos como cachorro e gato, e a pessoa é contaminada quando a pele ferida entra em contato com resquícios das fezes desses animais, que podem estar presentes no quintal de casa ou na areia da praia, por exemplo.

Na maioria dos casos, a larva é eliminada naturalmente do organismo cerca de quatro a oito semanas após a infecção, mas é importante fazer o tratamento com o médico para evitar complicações na pele e aliviar os sintomas da doença.

Os sintomas de bicho geográfico podem demorar algumas semanas ou meses para aparecer, porque na maioria dos casos os parasitas ficam adormecidos debaixo da pele. Porém, quando surgem, geram sintomas como: coceira na pele, que costuma piorar durante a noite; sensação de movimento por baixo da pele; vermelhidão na pele semelhante a um caminho tortuoso, que é por onde a larva passa; inchaço na pele.

Na forma ativa da doença, é comum observar que a lesão vai avançando cerca de um centímetro por dia na pele, e logo que seja identificada deve-se iniciar o seu tratamento.

O tratamento para o bicho geográfico deve ser orientado por um dermatologista e normalmente é feito com o uso de remédios.

Para prevenir o bicho geográfico, deve-se evitar andar descalço em locais que tenham cães e gatos, e recolher as fezes dos animais para que elas não contaminem o solo. Além disso, é importante levar os animais ao veterinário para que eles também sejam tratados através do uso de remédios que combatem a Larva migrans e outros parasitas, evitando que eles transmitam doenças para as pessoas.

 

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