Produtores estão contando o prejuízo em busca de renegociação das dívidas com safra de milho

16 MAI 2018Por Elda/internet10h04

O sindicato rural de Caarapó, está preocupado com a situação dos produtores da região, que estão sofrendo grandes perdas nesta safra.

A estiagem prolongada, veio na época em que o milho safrinha, precisava de chuva. O resultado é uma perda considerável por parte da maioria dos agricultores de Caarapó e região. A quebra da safrinha já é motivo, de muita preocupação.

O presidente do sindicato rural de Caarapó, Antonio Maran, esteve esta semana reunido com profissionais do setor, em busca de uma forma de amenizar os desencantos dos produtos com suas perdas. A partir das avaliações de técnicos de planejamento, Maran passou a orientar os produtores que já tem perdas reais a procurarem um escritório de planejamento agrícola e assistência técnica, o quanto antes, para que a situação individual seja avaliada de forma oficial.

As perdas devem estar oficialmente lançadas, em um laudo técnico, que deverá ser elaborado na próxima reunião do segmento, marcada para dia 28 de maio. Este laudo serve para argumentação numa eventual renegociação financeira do setor.

 

Do sonho de super safra a decepção com as perdas.

Empolgados com as condições climáticas favoráveis no começo do plantio, os agricultores de Mato Grosso do Sul acreditaram que neste ano teriam uma produção recorde de milho safrinha, mas faltou chuva no momento mais crucial, de floração e granação das espigas.

De acordo com o presidente da Aprosoja, Juliano Schmaedecke, a estiagem castiga as lavouras de milho de quase todo o estado de MS.

Segundo o representante dos agricultores, ainda não é possível afirmar de quando serão as perdas em todo o estado, mas a estimativa de um prejuízo médio de 30%.

As regiões sul de MS e fronteira com o Paraguai estão há mais tempo sem chuva. Conforme o Guia Clima da Embrapa Agropecuária Oeste, houve uma pequena chuva de 2,8 milímetros no dia 21 de abril, na cidade de Dourados, mas de forma isolada e em boa parte do município não houve chuva no mês passado.

Juliano afirma que a maior estiagem ocorre na região da Água Fria, no município de Maracaju, onde não chove há pelo menos 50 dias, mas a secura afeta lavoura de milho em Sidrolândia, Amambai, Naviraí, Aral Moreira e Ponta Porã.

“O produtor precisa ter cautela neste momento. É certo que haverá perdas porque falta chuva no momento da floração e da granação. A esperança é que volte a chover nos próximos dias para amenizar o prejuízo”, afirmou.

Segundo o presidente da Aprosoja, o que pode ser a “salvação da lavoura” é o preço do milho, que está em alta e deve ajudar o agricultor a absorver um pouco das perdas com a safra por causa da falta de chuva.

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