Em Corumbá, oficina de xadrez estimula respeito às regras e reintegração social entre detentas

21 OUT 2019Por Keila Terezinha Rodrigues Oliveira09h10

Corumbá (MS) – Com a proposta de melhorar o raciocínio lógico, a memória e a concentração de mulheres em privação de liberdade, a oficina de xadrez é desenvolvida há mais de três anos no Estabelecimento Penal Feminino “Carlos Alberto Jonas Giordano” (EPFCAJG) e também estimula a disciplina, a autoestima e o respeito às regras entre as participantes. Este mês, quatro reeducandas participaram do Campeonato Estadual de Xadrez, realizado no município, e duas receberam premiação.

O projeto “Xadrez que Liberta – Um Lance para o Futuro” acontece através da parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da direção do presídio, Conselho da Comunidade local, Clube de Xadrez Pantanal e o Poder Judiciário, representado pelo juiz da Vara de Execução Penal de Corumbá, André Luiz Monteiro.

Ao todo, 30 reeducandas participam da iniciativa que é ministrada pelo vice-presidente da Federação Sul-mato-grossense de Xadrez (FESMAX), professor Augusto César Samaniego. Caracterizada como o “esporte da mente”, o xadrez também reflete durante a solução de problemas e a elaboração de projetos de vida.

Segundo o professor de xadrez, as internas têm demonstrado muito interesse no jogo, ao ponto de serem selecionadas as quatro melhores competidoras para participarem do Campeonato Estadual de Xadrez, que aconteceu nos dias 12 e 13 de outubro, no Fórum Estadual “Dr. Walter Mendes Garcia”, em Corumbá.

Dentre 20 competidoras estaduais, duas reeducandas foram premiadas: a interna Carla Verônica ficou em sexta colocação e Martha Rosa em oitavo lugar.

Para o idealizador do projeto, juiz André Luiz Monteiro, o xadrez é importante na vida do ser humano porque é um jogo que envolve lógica, raciocínio e estratégia. “A pessoa que joga xadrez adquire um senso muito prático de organização e concentração, desenvolve a sua memória, inteligência e imaginação”, ressalta.

Segundo a diretora do EPFCAJG, Elizandra Assis da Silva, o campeonato e as premiações estimulam e motivam as demais reeducandas a participarem do projeto, preenchendo o espaço ocioso e assim contribuindo para uma efetiva reinserção e reeducação pessoal.

 

Texto: Tatyane Santinoni – Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen)

Foto: Divulgação

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