Estado faz corte de professores

Após fechamento de quatro escolas na rede estadual de ensino em 2019, a Secretaria de Estado de Educação dispensou cerca de 300 professores contratados.

17 JAN 2019Por Elda Braga-internet/Correio do Estado05h00

Nesta semana, os profissionais que desempenhavam a função de professor gerenciador de tecnologias educacionais e recursos midiáticos (Progetecs), em Campo Grande e no interior do Estado, foram comunicados da extinção da função. No entanto, técnicos de nível médio serão contratados para desempenhar função semelhante, porém, sem papel pedagógico

O comunicado interno enviado ontem às escolas considera a importância dos recursos tecnológicos na educação, contudo, afirma que os professores possibilitaram ao aluno “o acesso à informação e ao conhecimento, transformando-o e permitindo que ele próprio seja o agente transformador de ambas as histórias”. 

A reportagem conversou com dois dos profissionais dispensados pela SED, mas eles preferiram não se identificar. Um deles atuava na função há dez anos e realizou mais de 30 cursos pagos pelo governo para atuar como coordenador de mídias, além de ser ganhador de prêmios nacionais com projetos desenvolvidos com os alunos. “Foi investido dinheiro pesado na gente. Nos especializamos e agora todo esse investimento será perdido”, afirma. 

Em nota, a Sed afirmou que os profissionais dispensados possuem contratos temporários, com encerramento previsto para o final de 2018. Como eles não serão reconvocados, a secretaria criou a função de técnico e tecnologias da informação e da comunicação (TTIC), com o objetivo de desempenhar o papel de facilitador nas escolas.  Profissional de nível médio, contratado via processo seletivo. 

“Informamos, ainda, que os TTIC – responsáveis pelo gerenciamento das tecnologias e recursos midiáticos – receberão formação adequada, via Coordenadoria de Tecnologia Educacional (Coted/Suped/SED), para atender aos diversos setores da escola, professores, gestão, técnicos administrativos e alunos, dando continuidade aos trabalhos com o nosso aparato tecnológico e nossos sistemas”.

ESCOLAS

A secretaria classificou a extinção da função como uma das medidas do “processo de reordenamento dos recursos públicos”. Mesma  justificativa foi dada para o fechamento de quatro escolas da rede estadual de ensino, anunciado entre o final de 2018 e início do ano.

Foram fechadas às escolas Abadia Faustino Inácio, no município de Camapuã, e Riachuelo, Zamenhof e Otaviano Gonçalves da Silveira Júnior, em Campo Grande. A secretário de estado de Educação, Maria Cecília Amendola, alegou que as mudanças faze parte  reordenamento feito em razão da diminuição de alunos, corte de gastos e reorganização do Ensino Médio, para implantação das mudanças da reforma realizada pelo governo federal no ano passado. Na ocasição, não foi descartada a hipótese de novos fechamentos no próximo ano.

Fonte: Correio do Estado

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