Marielle, Débora e os desafios do mundo em que estamos vivendo

Vivemos um tempo em que é preciso amar, entender, perdoar, desculpar-se, construir.

21 MAR 2018Por Nelson Feitosa/Rede Jota FM12h21

Vivemos um tempo em que é preciso amar, entender, perdoar, desculpar-se, construir.

São dias muito difíceis porque há pessoas que não conseguem conviver com as diferenças, não aceitam quem pensa o contrário, quem sabe porque não se dão bem consigo mesmas e por isso passam a medir as outras com um olhar de discriminação, de rejeição.

Hoje, 21 de março, é o Dia Internacional de Combate à Discriminação e Dia Internacional da Sínrdrome de Down.

O Brasil e o mundo estão traumatizados com a violência e a intolerância que grassa em todos os lugares, em todas as organizações.

Ainda estamos estarrecidos com a execução da vereadora Marielle Franco, de Niterói, e as ofensas de uma desembargadora a Débora seabra, uma professora de Natal que tem síndrome de Dow, que e ensina crianças e que já ganhou vários prêmios internacionais pelo seu trabalho.

Por causa de barbaridades como essas existem essas datas. São simbólicas, chamam nossa responsabilidade, porque nos fazem refletir sobre quais os sentidos de nossa vida.

Será que vivemos somente para cuidar de nossas ambições, de nossa casa, de nossos negócios, de nossas famílias?

Ou será que sabemos fazer parte de um mundo que não está confinado dentro da nossa casa, um mundo que não está dentro das nossas necessidades pessoais de prosperidade.

Pois esse mundo de injustiças precisa de nossa voz e de nossa presença para que a justiça seja feita.

Não haverá justiça se prevalecerem as ideias perversas de uma desembargadora que não representa a grandeza da magistratura brasileira. Não haverá justiça enquanto seguir impune quem silencia a voz que o incomoda, como fizeram com a vereadora de Niterói.

As agressões e tiros contra a professora e a vereadora atingem há muito tempo as pessoas com síndrome de Dow – que não é doença -, as pessoas com deficiência, os negros, os homossexuais, os que fazem escolhas pessoais e políticas que não agradam quem não sabe aceita as diferenças.

As diferenças existem para que cada um tenha sua própria identidade, se reconheça por suas origens, suas escolhas, suas culturas, seus valores.

As diferenças existem para que nós, seres humanos, possamos exercer e testar a nossa capacidade de conviver e de fazer um mundo pacífico, respeitoso, no qual todas as pessoas tenham direito à dignidade e à cidadania.

Basta de discriminação! Basta de ódio! Sejamos a convivência, o respeito e a boa-vontade!

(Nelson Feitosa)

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