Bebê de 2 anos que bebeu vodca e inalou fumaça de droga tem paralisia cerebral, diz mãe em depoiment

Irmã de 11 anos seria usuária e teria baforado maconha na direção do menino, aponta investigação em MS.

08 JAN 2019Por G1MS09h35

A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), apura maus-tratos de uma mãe de 32 anos, em Campo Grande (MS), já teve acesso as primeiras declarações da suspeita. Segundo a delegada Anne Karine Trevisan, a dona de casa disse que o filho possui paralisia cerebral e realmente bebeu vodca. O flagrante ocorreu há 2 dias.

"As intimações já foram entregues e agora vamos ouvir a mãe, a criança de 11 anos e nos certificar se o menino pode ou não falar alguma coisa. A vizinha e amiga com quem a mãe falou que estava também devem ser ouvidas. Temos informações de dois adolescentes que estavam na casa e também serão identificados", afirmou.

Conforme a polícia, a mãe disse que para buscar açúcar e demorou cerca de 1 hora, deixando o bebê na responsabilidade da irmã. "Ela disse que foi com uma conhecida na casa de outra, onde pegaria o açúcar e ficou ausente por volta de uma hora. Em declaração, também falou da questão da paralisia cerebral do filho e agora tudo será confirmado", comentou Trevisan.

Entenda o caso

O bebê foi socorrido após beber vodca e inalar fumaça de maconha, em uma casa na rua Castorina Rodrigues da Luz, Jardim Macaúbas, na noite de domingo (6). A irmã de 11 anos, que confessou ser usuária de drogas, é quem deu a ele a bebida alcoólica e ainda soprou a fumaça no menino, de acordo com o Corpo de Bombeiros:

"Chegamos por volta das 21h e os ânimos estavam exaltados, já que os moradores da região é quem acionaram o Corpo de Bombeiros e queriam agredir a menina, pois sabiam que ela tinha baforado na direção do bebê. O menino estava desacordado e quando colocamos na viatura, ele passou a recobrar os sentidos", afirmou o cabo Samuel Ramires do 1° Grupamento dos Bombeiros.

Ainda conforme Ramires, a menina saiu da casa e a mãe apareceu, em seguida: "A menina estava sob efeito de drogas, visivelmente sonolenta e letárgica. A mãe, aparentemente alcoolizada, disse que tinha deixado o menor na responsabilidade da irmã. O imóvel estava em situação degradante e inclusive tentamos informar o conselho tutelar. Ambas foram encaminhadas para a Depac [Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário] Piratininga".

Já o menino foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Universitário e teve alta médica após algumas horas.

A mulher, de 32 anos, prestou depoimento, foi indiciada por maus-tratos e liberada em seguida. Conforme a Polícia Civil, ela já foi vítima de violência doméstica inúmeras vezes e ainda consta, nos registros policiais, que é alcoólatra. No entanto, como autora, está registrado o abandono material dos filhos, no dia 25 de fevereiro de 2014. A dona de casa ainda possui outro filho, um adolescente de 15 anos.

A pena para o crime de maus-tratos está prevista no artigo 136, do Estatuto da Criança e ao Adolescente (ECA).

 

 

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