Quadrilha de MS mandava mulas com até 40 kg de coca para Europa

Grupo tinha esquema sofisticado de tráfico aéreo de drogas

24 ABR 201910h20

A quadrilha de traficantes internacionais de cocaína que agia em São Paulo e Mato Grosso do Sul, desarticulada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, durante a Operação Aplique, enviava “mulas” para a Europa com até 40 quilos de cocaína cada. O peso era o máximo que as bagagens suportavam sem levantar desconfiança. Durante coletiva de imprensa nesta manhã, os delegados Marcelo Ivo de Carvalho e Luiz Carlos Ratto Tempestini relataram que o destino principal era Portugal.

O grupo dispunha de sofisticado esquema de tráfico por aeronaves. De acordo com a PF, a investigação começou em julho de 2017 com o monitoramento de um helicóptero. Aguardando o pouso da aeronave na cidade de São Paulo, os policiais surpreenderam F.M.A., M.A.A., E.R., F.M.O. e A.R.S. portando grande quantidade de dinheiro em espécie. Na ocasião o helicóptero abortou o pouso.

A.R.S., no dia seguinte a este fato, na cidade do Guarujá, foi preso por policiais federais da Delegacia de Santos (SP), na posse de 40 quilos de Cocaína. As investigações continuaram e em outubro de 2018, L.F.M.A. foi identificado e preso como sendo o líder de organização criminosa, comandando tráfico internacional de drogas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

Nesta ocasião, aproximadamente 40 quilos de cocaína fora apreendida em bagagens com destino à Europa, tendo como “mulas” M.F.M. e J.B.E.S., também presos em flagrante. “Geralmente as mulas viajavam com média de 40 quilos cada. Em Portugal, os traficantes presos lá estava com malas parecidas com malas apreendidas aqui”, explicou Marcelo Ivo. Ele destacou que o grupo tinha apoio de estrangeiros, como um boliviano condenado por tráfico.

A PF identificou inúmeras pessoas físicas e jurídicas utilizadas para ocultar e branquear os proveitos financeiros da atividade ilícita do tráfico internacional de drogas, comandada por L.F.M.A. “A maioria são estabelecimentos que fantasmas, ou seja, que não existem, nos ramos de cabeleireiro”. A movimentação financeira em conta corrente deste grupo estruturalmente ordenado ultrapassou trinta milhões de reais.

 

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