Traficante brasileiro mata namorada dentro de cela no Paraguai

tentando de tudo para não ser extraditado

19 NOV 2018Por Elda/internet06h30

Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto - um dos líderes da facção carioca Comando Vermelho - é suspeito de assassinar a namorada dentro de uma das celas do Agrupamento Especializado de Assunção, no Paraguai, onde está preso e espera para ser extraditado. Segundo o site da região, o crime teria sido premeditado para evitar a volta do narcotraficante ao Brasil.

Conforme informações preliminares, Lidia Meza Burgos, de 18 anos, foi morta com uma faca de cozinha durante uma visita ao traficante. Ainda segundo o site paraguaio, a jovem recebeu o primeiro golpe na cabeça e depois de inconsciente, vários outros na região do pescoço. Foram pelo menos 16 facadas.

Lidia foi encontrada já ferida depois que um agente da penitenciária ouviu gritos vindos da cela do narcotraficante brasileiro. Ela chegou a ser levada ao Hospital General Barrio Obrero, mas não resistiu aos ferimentos.

A suspeita é de que o assassinato seja uma estratégia para impedir, ou pelo menos atrasar, a extradição do bandido ao Brasil, já que todos os recursos legais para isso foram negados pela justiça. Foi no final de outubro que a juíza Alicia Pedrozo determinou a volta de Piloto, mas isso só poderia acontecer após encerrados as duas ações penais em que ele é réu no Paraguai - uma por homicídio e outra por uso de documento falso.

A audiência sobre a falsificação aconteceu na última sexta-feira, dia 16 de novembro. Enquanto a juíza e o promotor tentavam acelerar a extradição, a defesa de Piloto alegava que as investigações sobre o crime não foram feitas corretamente. Agora, com o assassinato, o processo de volta ao Rio de Janeiro não tem data para acontecer.

No final de outubro, o Ministério do Interior paraguaio disse ter impedido um plano para fuga para libertar o traficante. A operação policial terminou com a morte de três supostos integrantes do Comando Vermelho e a explosão controlada de um veículo cheio de explosivos com o qual supostamente pretendiam impactar a prisão na qual o criminoso está recluso.

Já no Brasil, Piloto é condenado em dois casos, um deles a 21 anos de reclusão e a cinco anos e quatro meses no outro.

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