Curso de costura na penitenciaria de segurança Máxima

Inovação possibilita que detentos façam os próprios uniformes

07 FEV 2019Por Elda Braga-internet00h00

Com 160 horas/ aulas, 11 detentos da Penitenciária de Segurança Máxima da Capital estão sendo capacitados através do curso de corte e costura industrial, através do Procap (Projeto de Capacitação Profissional e Implementação de Oficinas Permanentes). Um dos objetivos é que eles possam confeccionar os próprios uniformes dentro da unidade.C

No curso, de acordo com a Agepen, eles aprendem sobre os diferentes tipos de máquinas de costura e como confeccionar bermudas, camisetas e calças. “Eles poderão atuar em qualquer indústria de confecção', assegura a instrutora Idely Sante Alvarenga Barbosa dos Santos, da ONG Artaban, e que há cerca de 40 anos desempenha a profissão de costureira.

Realizado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) em parceria com o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), a iniciativa trabalha para recuperar a autoestima e o bem-estar psicológico dos internos do sistema penitenciário através do trabalho, evitando a volta para a criminalidade por falta de oportunidades.

“O reeducando vai cumprir pena e um dia vai voltar à sociedade e precisa estar regenerado. A educação profissional é uma forma de dar ferramentas para a pessoa ter uma vida normal quando deixar a prisão', explica o diretor-presidente da Agepen, Aud Chaves.

Para Paulo Godoy, diretor da penitenciária, a capacitação não só proporciona profissionalização, mas possibilita que os custodiados fabriquem os uniformes para os próprios detentos da unidade. “Iremos utilizar a oficina de costura, bem como insumos fornecidos pelo Procap, para garantir a confecção desses uniformes para toda a massa carcerária aqui da unidade', informa.

De acordo com Rita de Cássia Argolo Fonseca, chefe da Divisão de Educação da Agepen, outras 15 oficinas estão programadas para este ano através do Procap, beneficiando diretamente aproximadamente 700 reeducandos.

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