Investimentos do Estado impedem que fronteira seca se escancare

Azambuja assume responsabilidade federal por causa de cortes orçamentários de Temer

20 MAR 2018Por Rádio Jota FM/Edson Moraes08h37

Se não fossem os investimentos e a política de segurança publica desenvolvida pelo governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), Mato Grosso do Sul estaria totalmente à mercê do crime organizado. Os sucessivos cortes do presidente Michel Temer no orçamento desmontaram o sistema de controle das fronteiras, que já era precário.

Apesar disso, os índices de violência no Estado caíram no ano passado, em função do planejamento e da eficiência operacional da gesto de Azambuja. Historicamente, o governo federal nunca conseguiu cobrir adequadamente os 1.600 km de fronteira seca de Mato grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai.

Ainda assim, dos anos 2000 para cá novas intervenções governamentais e programas de amplitude – como o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfron) – estavam melhorando consideravelmente a cobertura policial na região. No entanto, para tapar buracos nas contas da saúde e da educação, o governo Temer promoveu cortes seguidos no orçamento da segurança publica e o Estado, sem saída, acabou assumindo a responsabilidade da União.

Se for considerado que o governo federal, responsável pela guarda das fronteiras, já tesourou nos últimos dois anos mais de R$ 200 milhões das verbas previstas para o setor, justifica-se o reconhecimento nacional ao feito do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que fez o Estado saltar das últimas para a terceira posição entre os mais seguros do Brasil.

Logo que foi autorizada a intervenção federal no Rio de Janeiro, Azambuja disse que será inócua essa providência enquanto as fronteiras secas estiverem mal controladas por causa da insuficiência de investimentos federais e dos seguidos cortes no orçamento. O governador referia-se, entre outras medidas, às perdas orçamentárias do Sisfron, um dos maiores e mais completos projetos de vigilância, cujo piloto foi definido para o trecho entre Mundo Novo e Bela Vista, em Mato Grosso do Sul.

Com os cortes, o Sisfron, iniciado em 2012, ficou com seu cronograma em atraso, emagrecido em mais de R$ 60,5 milhões. Segundo se apurou, apenas 10% dos recursos previstos foram desembolsados. Isso levou Azambuja a readequar sua política de segurança para socorrer a emergência criada pela ausência do caixa da União.

Só nos últimos dois anos ele investiu mais de R$ 160 milhões em armamento, munição, viaturas, equipamentos, informática e aumento de efetivo para atender os 79 municípios. Azambuja também busca alternativas para melhorar a estruturas operacional, reforçando o viés repressivo, mas promovendo as intervenções preventivas.

LIVRE COMÉRCIO - Para contribuir, o senador Pedro Chaves (PRB/MS) propôs transformar os 13 municípios das regiões de fronteira com Bolívia e Paraguai em áreas de livre comércio. Pelo projeto, serão contempladas as cidades de Corumbá e Ladário, na fronteira com a Bolívia, e as demais (Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Bela Vista, Caracol, Porto Murtinho, Ponta Porã, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Japorã e Mundo Novo) na divisa com o Paraguai.

A expectativa do senador é que as linhas de incentivos fiscais possam incrementar o comércio e o turismo da região, levando o poder publico a melhorar a fiscalização, a repressão e o combate às ações do crime organizado, especialmente no tráfico de drogas e contrabando de armas e veículos.

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