PF prendeu militar da Marinha e mais 4 durante operação contra pedófilos

Operação Inocência Violada

08 FEV 2019Por Elda Braga-internet00h00

Em 9 meses de investigação contra rede de distribuição de fotos e vídeos contendo cenas de estupro contra crianças e adolescentes, a PF (Polícia Federal) prendeu cinco pessoas, quatro delas em flagrante na quarta-feira (6) quando foi deflagrada a Operação Inocência Violada. Um dos presos hoje é um militar aposentado da Marinha do Brasil, de 65 anos, que mora em Campo Grande.

O militar, vestido de azul, chegou à sede da PF na Capital sem algemas, mas na parte de traz de um veículo descaracterizado escoltado por viatura. Na garagem, ele desceu do carro de cabeça baixa e foi levado para dentro do prédio por dois agentes. A polícia não detalhou o motivo da prisão dele.

Além do aposentado, em Campo Grande, foram presos um assistente serviços gerais, de 29 anos, um comerciante de 40 anos. Em Naviraí, um servidor público, de 49 anos, foi alvo da operação.

Na coletiva de imprensa, delegados da PF informaram que os presos a princípio, não mantinham contato um com o outro. “Traçar o perfil do pedófilo é muito difícil”, explica o delegado Fernando Rocha, responsável pela investigação.

O superintendente regional da PF, delegado Cleo Mazzotti, ressalta que, na verdade, “não existe idade, sexo, profissão” para praticar este tipo de crime contra crianças e adolescentes. “Infelizmente, eles estão em qualquer lugar”.

“É um comportamento doentio. Eles são doentes, mas tem vida social, não são inimputáveis”, completou Fabrício Martins Rocha, delegado regional de combate ao crime organizado.

Crimes - Os presos de hoje foram flagrados em casa pornografia infantil em celulares e computadores. Produção de pornografia, armazenamento e compartilhamento são crimes diferentes.

“É muito grave, porque um mero armazenamento é um crime e normalmente quem tem material armazenado, compartilha”, destacou Mazzotti.

Armazenar este tipo de conteúdo é crime cuja pena prevista no Código Penal é de 1 a 4 anos de reclusão. Compartilhar o material tem punição maior – de 3 a 6 anos de prisão. Já “produzir, dirigir, fotografar ilmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente” tem pena de 4 a 8 anos.

A operação - Desde cedo, as equipes estão nas ruas de cinco cidades de Mato Grosso do Sul em operação contra rede de distribuição de arquivos contendo pornografia envolvendo crianças e adolescentes. Equipes cumprem 11 mandados de busca e apreensão – 7 em Campo Grande, 1 em Chapadão do Sul, 1 em Jardim, 1 em Miranda e 1 em Naviraí.

 

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