Prefeitura decreta suspensão de aulas na rede municipal de ensino

Decisão foi tomada porque os itens da alimentação escolar estão acabando

25 MAI 2018Por Assessoria/Dilermano Alves15h19

O prefeito Mário Valério (PR) determinou a suspensão das aulas na rede municipal de ensino de Caarapó. A medida, válida já a partir de segunda-feira próxima (28), atinge todos os centros municipais de educação infantil e de ensino fundamental e foi tomada em reunião com a secretária municipal de Educação e Esportes, Ieda Maria Marran, e o coordenador municipal de merenda escolar, Jairo Pinheiro, na tarde desta sexta-feira (25).

Mário Valério disse que a decisão foi tomada porque não está sendo possível repor os itens da alimentação escolar que se esgotaram ou estão acabando. “Já não temos leite, frutas, verduras e outros gêneros alimentícios”, destacou. “Também já não temos gás de cozinha e combustível para a frota do transporte escolar”, acrescenta. Segundo o dirigente, as aulas só voltarão quando estiver resolvida a questão da greve dos caminhoneiros. “A nossa decisão é por tempo indeterminado. A gente espera uma solução rápida para a paralisação nessa área de transporte, para que voltemos à nossa rotina”, observou o prefeito de Caarapó, que no início desta semana se solidarizou com os caminhoneiros em greve, declarando que “não é justo que aqueles que transportam o progresso Brasil afora arquem com o alto custo dos combustíveis e ganhem tão pouco com os fretes de baixo valor. Assim, a luta pela redução do preço do diesel é absolutamente justa”.

De acordo com a secretária Ieda Maria Marran, as escolas estarão fechadas. “Professores e demais funcionários serão dispensados. Os dias sem aula serão oportunamente repostos”, disse.

Greve dos caminhoneiros

Nesta sexta-feira, o presidente Michel Temer acionou as forças federais de segurança para desbloquear as estradas que estão ocupadas pelos caminhoneiros em greve. Ainda na tarde de hoje será editado decreto para oficializar o acionamento das forças federais – Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Nacional de Segurança e Polícia Rodoviária Federal -, que, segundo o governo, já estão mobilizadas.

Por causa da paralisação dos caminhoneiros, faltam alimentos em supermercados e combustível em posts de gasolina. O transporte coletivo em diversas cidades foi afetado, indústrias pararam atividades e voos começaram a ser cancelados por falta de combustível nos aeroportos, conforme noticiou o G1.

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