Sem informação oficial, segue clima de suspense sobre prisões em MS

Três cidades estão na mira da PF: Campo Grande, Fátima do Sul e Caarapó.

30 NOV 2018Por Elda Braga/internet09h55

 

Balanço final da Operação Planum aponta que Campo Grande  (MS) foi a cidade na qual foram cumpridos o maior número de mandados de prisão, realizada em cinco Estados, para desbaratar um esquema de tráfico internacional de cocaína e lavagem de dinheiro. Os dados foram divulgados pelas autoridades e confirmam a detenção de 20 pessoas. Durante a ação, foram apreendidos mais de R$ 1 milhão –em dólares, euros e reais– dentro de uma máquina de lavar roupas.

A Planum apurou um esquema de envio de cargas de drogas para a Europa que começava em Mato Grosso do Sul, de onde aeronaves agrícolas seguiam para a Bolívia para serem abastecidas. Depois, a carga era levada ao noroeste Rio Grande do Sul em carros e caminhões –de onde o entorpecente era distribuído para cidades europeias em contêineres transportados por navios.

Como aviões agrícolas voam baixo, segundo as autoridades, eram usados para escapar de radares. Cada carregamento tinha até 450 quilos de cocaína. No transporte, foram flagradas cargas de drogas escondidas em uma pedra de granito. Durante as investigações, duas cargas, totalizando 1,7 tonelada de cocaína, foram interceptadas pela Polícia Federal.

A Capital foi a única cidade do Estado onde houve prisões da Planum: quatro no total. Aeronaves usadas no esquema também foram apreendidas. No Rio Grande do Sul foram dez prisões, cumpridas nas cidades de Cachoeirinha (3), Uruguaiana (2), Tramandaí, Gravataí, Novo Hamburgo, Charqueadas e Itaqui (uma em cada). Também houve seis prisões em São Paulo –três na Capital e três em Limeira– e uma em Pirenópolis (GO).

Em uma lava-roupas em São Paulo foram encontrados US$ 330 mil, € 10 mil (euros) e R$ 57 mil. As investigações apontam que a operação também servia para um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, já que a quadrilha atuava como banco clandestino: dinheiro das operações ilícitas circulava em contas bancárias abertas em nome de pessoas jurídicas falsas.

O esquema, conhecido como dólar-cabo, envolve a remessa de dinheiro por meio de ordem de pagamento a uma conta no exterior, por meio de um doleiro, que efetiva o pagamento ao destinatário. A pessoa que precisava pagar, então, depositava os valores em uma conta local. A ação, equivalente a evasão de divisas, teria movimentado R$ 1,4 bilhão em três anos.

Ao todo, a Planum envolveu 20 mandados prisão preventiva, dois temporários e 40 mandados de busca e apreensão. Ainda foram decretados o sequestro de 15 imóveis, 81 veículos e oito aeronaves em Mato Grosso do Sul, e foram bloqueadas contas de 121 pessoas jurídicas e 57 pessoas físicas.

 

Fonte: Campo Grande news

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