Ascensão de irmãos faz Marquinhos Trad ainda mais forte

Fábio e Marquinhos: suporte diferenciado na CâmaraDivulgação

A investidura de Fábio Trad na vaga de Carlos Marun (PMDB) e a candidatura do ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) ao Senado passam a constituir pesos diferenciados na relação de forças em Mato Grosso do Sul.

Com os irmãos Fábio na Câmara dos Deputados e Nelsinho pontuando índices de acentuado favoritismo nas pesquisas de intenção de voto, o prefeito Marquinhos Trad se vê contemplado com a abertura de um dos cenários mais favoráveis para quem almeja potencializar ao máximo sua força política e eleitoral. Num cargo que é considerado o melhor dos trampolins para alavancar projetos eleitorais majoritários, o prefeito de Campo Grande espraia sua influência geopolítica, sobretudo se a irmandade sair das urnas vitoriosa em 2018.

Essa perspectiva ainda será maior se for confirmado que Marun, para ser ministro da Articulação Política do presidente Michel Temer (PMDB), teria concordado em não disputar a reeleição de deputado federal no próximo ano. Dessa maneira, e a depender de eventuais acordos pré-estabelecidos para a dupla investidura, Fábio teria também um caminho bem pavimentado para aproveitar o mandato e buscar a reeleição.

Fábio era deputado federal, eleito em 2010. Em 2014, após quatro anos de titularidade na Câmara, não se reelegeu. Porém, ficou na primeira suplência, o que teoricamente faz crer que seu patrimônio eleitoral seja considerável e capaz de alimentar seus futuros passos. No caso de Nelsinho, as pesquisas publicadas até agora o apontam entre os dois melhores cotados entre os possíveis aspirantes ao Senado. Há quem ainda considere seu nome uma das opções para, conforme o tabuleiro, ser conduzido à disputa do Governo.

Na antevisão das possibilidades que serão estabelecidas no ano eleitoral, a avaliação que encontra unanimidade entre os observadores é a do inevitável crescimento da influência e da musculatura político-eleitoral do prefeito, com expressivos ganhos administrativos. Afinal, numa conjuntura nacional de poder que vem superestimando o valor e o peso dos mandatos parlamentares, com dois irmãos no Congresso Nacional – um deputado federal e um senador – o prefeito do maior colégio eleitoral do Estado vai dar as cartas e jogar de mão.