Bancada douradense disputará 2018 de olho em 2020

Sucessão municipal passa por Zé Teixeira, Câmara, Takimoto, Grandão e Barbosinha

11 JAN 2018Por Rádio Jota FM/Edson Moraes18h00

Ainda que não se candidatem à sucessão da prefeita Délia Razuk (PR), cinco deputados estaduais com domicílio eleitoral em Dourados entraram em 2018 com as atenção fixadas nos palanques deste ano e na disputa municipal de 2020.

São pré-candidatos à reeleição Zé Teixeira (DEM), Renato Câmara (MDB) e José Carlos Barbosinha (PSB). O pedetista George Takimoto já confirmou que concorrerá a uma vaga na Câmara dos Deputados, destino que o PT também deseja para João Grandão, por enquanto sem sua anuência.

Se depender da lógica de cada conjuntura política e pessoal, o único dos cinco que não mais estaria aspirando à cadeira hoje ocupada por Délia Razuk é George Takimoto. Aos 74 anos, ex-vice-prefeito de Dourados, ex-vice-governador, ex-deputado federal e com dois mandatos de deputado estadual, ele pretende fechar sua trajetória na vida publica ocupando pela segunda vez um ambiente onde já teve cadeira titular, voz e voto: o Congresso Nacional.

Outro veterano, e que parece estar à mesma distância da reeleição, da aposentadoria e da disputa pela prefeitura douradense, é Zé Teixeira. Com os seis mandatos na Assembleia Legislativa, adquiriu cacife político para entrar no páreo por qualquer mandato. Ainda que não dispute mandato algum, é indiscutível sua influência na sucessão douradense.

"ESTRANGEIROS" - Renato Câmara é o único desse grupo que já encarou o desafio de disputar a Prefeitura de Dourados. Foi no ano retrasado. Ficou em terceiro lugar. Porém, teve uma votação expressiva, valorizada por ser um dos dois concorrentes a sofrer um estigma incômodo, o de “estrangeiro”. Antes de fixar base política em Dourados, Câmara era domiciliado em Ivinhema, cidade que administrou em dois mandatos e o projetou na política, com o reforço de um nome respeitado, o de seu falecido pai, já falecido, o deputado estadual e ex-prefeito Nelito Câmara.

Barbosinha era o outro “estrangeiro” na sucessão douradense. Ingressou na vida publica nos anos 1980 como prefeito de Angélica. Depois saiu de cena e seguiu carreira como profissional liberal, até ser chamado pelo governador André Puccinelli para presidir a Sanesul. Com maior visibilidade e já domiciliado em Dourados, cresceu politicamente e chegou a fazer sua inscrição extra-oficial como pretendente à Prefeitura,

Em 2016 Barbosinha estava em pré-campanha, mas atendeu ao apelo do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para apoiar a candidatura do deputado federal Geraldo Resende. Eleito deputado estadual em 2014, ficou menos de dois anos licenciado, chefiando a Secretaria de Justiça e Segurança Publica a convite de Azambuja. Reassumiu o mandato em dezembro e admite que ser prefeito de Dourados ainda continua em seus sonhos.

João Grandão resistiu à “pressão amigável” do PT para candidatar-se à prefeitura em 2016. Ele sabia que suas chances seriam muito reduzidas e que com sua presença na Assembleia Legislativa o partido ganharia mais politicamente. Tinha razão. Contudo, uma história diferenciada se desenha para 2020 e, a depender dos resultados deste ano, sua reeleição pode adquirir uma nova dimensão na estratégia partidária a ser alinhada para as disputas municipais. 

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