Bolsonaro critica Ibama e ICMbio

"Não vou mais admitir o Ibama sair multando a torto e a direito por aí, bem como o ICMbio. Essa festa vai acabar", afirmou Bolsonaro

02 DEZ 201809h46

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, criticou duramente neste sábado os órgãos públicos de controle de abusos contra o meio ambiente, acusando-os de imporem "multas a torto e a direito."

"Não vou mais admitir o Ibama sair multando a torto e a direito por aí, bem como o ICMbio.Essa festa vai acabar", afirmou Bolsonaro durante solenidade de formatura de cadetes aspirantes a oficial do Exército na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro, onde estudou nos anos 1970.

"Quero defender, sou defensor do meio ambiente, mas não dessa forma xiita como acontece", prosseguiu.

O próprio presidente eleito recebeu do Ibama uma multa de 10 mil reais, que ainda não pagou, por prática de pesca irregular. "Vou pagar essa multa? Vou. Mas sou uma prova viva do descaso, da parcialidade e do péssimo trabalho prestado por alguns fiscais do Ibama e ICMBio. Isso vai acabar", afirmou.

Bolsonaro criticou os dois órgãos diversas vezes durante a campanha eleitoral, ao mesmo tempo em que afirmou que a proteção do meio ambiente não poderia ser um obstáculo ao desenvolvimento, e insistiu em que a indústria do agro estava "asfixiada" por regulamentações.

O presidente eleito reiterou sua intenção de "integrar os índios à sociedade", justificando sua intenção de não demarcar mais as terras reservadas aos mesmos.

"Nosso projeto para o índio é fazê-lo igual a nós. Eles têm as mesmas necessidades que nós. O índio quer médico, dentista, televisão, internet", assinalou, sem contemplar as tribos que desejam manter seu estilo de vida tradicional, longe das áreas urbanas.

 

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