Capital gaúcha é ocupada por manifestantes pró e contra Lula

São esperadas mais de 300 caravanas terrestres, seis delas de Mato Grosso do Sul

22 JAN 2018Por Rádio Jota FM/Edson Moraes12h11

As 48 horas que antecedem o julgamento do ex-presidente Lula no Tribunal Regional Federal (TRF-4) serão assinaladas por muitas manifestações de rua e atos políticos. De Mato Grosso do Sul já começaram a sair os ônibus para perfilar ao lado das mais de 300 caravanas previstas para apoiar o ex-presidente, segundo a Frente Brasil Popular e o Movimento “Eleição sem Lula é Fraude”.

Os 1.421 km que separam Campo Grande e Porto Alegre pelas BRs 163 e 386 começaram a ser percorridos na manhã desta segunda-feira, 22, por diversos ônibus conduzindo militantes de partidos políticos, organizações sindicais e movimentos populares de apoio a Lula. O deputado federal Zeca do PT, presidente do Diretório Regional e um dos líderes da delegação, calcula que ao menos seis ônibus saem de Mato Grosso do Sul levando cerca de 250 pessoas, para reforçar as mais de três centenas de caravanas que desembarcam de hoje até quarta-feira na capital gaúcha em apoio a Lula, provenientes de, no mínimo, 15 estados.

Ano passado Lula foi condenado em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e meio de prisão, sob a acusação de ter recebido um apartamento para favorecer a empreiteira OAS quando era presidente da Republica, Agora, Lula vai ser julgado em segunda instância por três juízes do TRF4. A Frente Brasil Popular e a CUT (Central Única dos Trabalhadores) acreditam que 30 mil pessoas estejam se dirigindo para Porto Alegre em solidariedade a Lula.

PELA CONDENAÇÃO – Do lado contrário ao ex-presidente também há manifestações no Brasil iniciadas hoje, mas o auge será terça e quarta-feiras, embora seus organizadores nacionais ainda não tenham dado sinais de mobilização comparada em tamanho a que é feita pelos defensores do ex-presidente. Os movimentos “Vem Pra Rua” e “Brasil Livre” (MBL), os principais condutores das manifestações pela condenação do petista, têm a experiência do protagonismo na campanha que desaguou no impeachment da presidenta Dilma Roussef.

Iria Cabreira, dirigente do “Vem Pra Rua”, estima um mínimo de 500 pessoas mobilizadas para pedir que o TRF-4 mantenha a sentença de Moro. O número menor de manifestantes seria, segundo ela, um sinal de precaução. Por questões de segurança, o maior ato contra Lula foi marcado para amanhã, terça-feira, véspera do julgamento. O objetivo é evitar um confronto no dia mais nervoso da decisão judicial.  Campo Grande também se uniu a esse movimento e agendou manifestações.

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