Disputa pelo Senado em MS põe novos e veteranos em confronto

Miglioli é aposta tucana de renovar; Moka e Chaves encarnam a experiência

02 MAI 2018Por Rádio Jota FM/Edson Moraes09h31

As pré-candidaturas ao Senado Federal lançadas em Mato Grosso do Sul servirão para um interessante e saudável confronto entre juventude e experiência. Ao contrário da disputa que se desenha para o Governo, polarizada até aqui por três nomes calejados da vida publica – Reinaldo Azambuja, Odilon de Oliveira e André Puccinelli -, a corrida senatorial deverá propor alternativas diferentes, tanto na faixa etária como no tempo de estágio na política.

Os pré-candidatos Marcelo Edinei Miglioli (PSDB) e Dorival Betini (PMB) pretendem quebrar os paradigmas que cercam uma espécie de mística nas eleições para o Senado, considerada a casa cameral brasileira reservada aos decanos da política. Não chega a ser uma verdade, mas é o retrato da composição tradicional de uma história congressual protagonizada pelos nomes de maior quilometragem etária e política.

O PMB (Partido da Mulher Brasileira) quer emplacar a renovação congressual do Estado com o seu pré-candidto. Dorival Betini, 52, passou mais de 20 anos emprestando sua capacidade às tarefas estratégicas do recordista nacional de mandatos na Assembleia Legislativa, Londres Machado. É com essa credencial que ganhou convocações para responder por outras missões nos poderes públicos, como ocorreu ao fazer parte da assessoria política do governador Reinaldo Azambuja e em cargos federais na Delegacia Federal da Agricultura e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama).

O PSDB aposta na juventude do engenheiro civil Ednei Marcelo Migliol . Ele tem a experiência empresarial de quem dedicou sua profissão e seus conhecimentos a projetos de grande envergadura técnico-científica e de modernização de estruturas funcionais para o desenvolvimento. Formado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), era auxiliar de escritório na empreiteira Engesul até graduar-se em Engenharia; passou a atuar na construção civil pesada e fez parte da EMP Construtora Ltda, que tem obras neste Estado e em Mato Grosso.

VISIBILIDADE - Os políticos mais experientes dominam a lista dos pré-candidatos ao Senado. Destacam-se nas pesquisas os que acumularam maior tempo de visibilidade midiática. O senador Waldemir Moka, do MDB, que busca a reeleição, corre numa raia em que estao outros rivais experientes, como o também senador Pedro Chaves (PRB), o ex-governador Zeca do PT, o ex-prefeito Nelsinho Trad e o produtor rural Chico Maia (Podemos).

Moka começou como vereador nos anos 1980 e estagiou na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados por vários mandatos até chegar ao Sendo. Maia foi vereador e vice-prefeito, também na mesma fornada geracional de Moka. Ausentou-se das disputas eleitorais e foi fazer política classista, presidindo em dois mandatos a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul). Zeca era líder sindical antes de entrar na política como deputado estadual, governador em dois mandatos e agora deputado federal.

Também no time dos “vovôs” se sobressaem Nelsinho Trad e Pedro Chaves. O primeiro é outro colecionador de mandatos desde a década de 1980: ex-vereador, ex-prefeito de Campo Grande em duas gestões, deputado estadual e candidato ao Governo em 2014, quando não passou para o segundo turno. Chaves ocupa na cadeira senatorial seu primeiro cargo eletivo na política e quer continuar, depois de atravessar mais de quatro décadas e meia protagonizando intervenções como empreendedor da área educacional.

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