Janela partidária ameaça desfalcar MDB e Planalto põe Marun em ação

PSL de Bolsonaro e DEM, de Maia, são por enquanto os campeões de adesões

09 MAR 2018Por Rádio Jota FM/Edson Moraes16h20

A maioria dos principais partidos brasileiros entrou na fase aguda de mudanças com vistas às eleições. Com prazo até sete de abril para trocar de partido e disputar eleições este ano, os pré-candidatos mudam de legenda em busca de melhores condições para os seus projetos.

O MDB, maior partido do Brasil, pode ser um dos mais afetados pelo entra-e-sai da “janela partidária”. Por isso, o Planalto deu a Carlos Marun a complexa missão de evitar maiores prejuízos à agremiação. Enquanto o PSL e o DEM, dos presidenciáveis Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia, estão entre os mais procurados, o MDB desconfia que outros parlamentares cogitem seguir os passos de André Amaral (PB), Albineu Cort~es (RJ) e Celso Pansiera (RJ), que acabam de deixar o partido.

Marun entrou em ação e começou a conversar com correligionários propensos a mudar de casa, entre os quais o paranaense Osmar Serraglio. Em princípio, Serraglio teria ouvido Marun e, sem nada prometer, aceitou avaliar melhor sua situação. Pelas contas do Planalto, dos 58 emedebistas da Câmara 11 estariam propensos a buscar novo abrigo. Pansiera, que foi ministro de Dilma Roussef, filiou-se ao PT, André Amaral ao Pros e Cortês ao PR.

Outro atrativo para o troca-troca está na dotação financeira para a campanha. Com recursos dos dois fundos públicos, legendas médias, como PP e PR, estariam prometendo disponibilizar até R$ 2,5 milhões para a campanha de quem for buscar a reeleição, justamente o teto permitido para as eleições de deputado federal.

O DEM vê crescer a base de apoio a Rodrigo Maia com a filiação de quatro novos deputados: Heráclito Fortes (PI), João Paulo Kleinübing (SC), e os fluminenses Laura Carneiro e Sérgio Zveiter. O PDT, que tem Ciro Gomes como pré-candidato ao Planalto, espera receber dois novos nomes: Chico D'Ângelo e Hugo Legal. O deputado Marco Feliciano (SP) vai se filiar ao Podemos, que tem o senador Alvaro Dias (PR) como presidenciável.

Jair Bolsonaro trocou o PSC pelo PSL e levou consigo, inicialmente, outros sete deputados. O filho do pré-candidato, Eduardo Bolsonaro (SP), foi o primeiro a seguir o pai, saindo do PSC para o PSL. Os deputados Delegado Waldir (GO) e Marcelo Álvaro Antonio (MG) migraram do PR, enquanto Delegado Francischini (PR), Carlos Manato (ES) e Major Olímpio (SP) saíram do SD. O sétimo deputado federal a acompanhar Bolsonaro foi Delegado Eder Mauro (PA), que saiu do PSD. 

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