"Pior é a guerra que morre gente", afirmou Mourão, que ocupa, pela primeira vez, a partir desta segunda-feira (21), a Presidência da República de forma interina.
Questionado se a situação de Flávio é difícil para o governo, ele respondeu:
"Eu não acho difícil porque tenho a seguinte teoria: pior é a guerra que morre gente. Isso (caso de Flávio) é uma questão de elucidar o caso, se tem crime julgue-se de acordo com a lei e pronto. Qual a grande glória da democracia? A lei. A lei é fundamental no sistema democrático. Mais ainda: Que a lei sirva para todos".
Mourão conversou com jornalistas no domingo. Ele foi um dos primeiros integrantes a cobrar publicamente explicações de Fabricio Queiroz, ex-assessor de Flavio, ainda em dezembro.
Para o vice, a questão agora é um problema de Flavio Bolsonaro, que precisa explicar o caso. "O que vamos falar? Não tenho o que dizer. É um problema do Flávio Bolsonaro".
Mourão emendou: "Apure-se. Existe uma expressão no Exército que diz 'apurundazo'- um acrônimo de apurar e punir se for o caso".
Indagado se a estratégia de defesa de Flavio, de pedir para suspender a investigação do Coaf no STF, não pesa contra o discurso de combate à corrupção, o vice disse: "defesa é defesa. Até onde é corrupção, até onde é rachadinha? Agora, existem outros investigados na mesma operação e ninguém dá bola. Cade o cara dos 24 milhões?"
Afastamento do Planalto
O vice afastou o caso do Palácio do Planalto.
"Isso vai ficar incomodando por causa do sobrenome. É bom para o governo? Fica essa pressão toda, não é um problema do governo. Se o sobrenome fosse qualquer outro, não tinha problema", complementou Mourão.
O ministro do gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, também afastou o caso do Palácio do Planalto. Ao blog, ele disse que é uma questão "totalmente pessoal" e que "aguarda os acontecimentos". "Não tem nenhuma decisão do governo, contratação, zero, nada, que tenha sido pautada por isso. Não vou dar palpite por que não tem nada a ver com o governo".