Protagonismo põe Eduardo Riedel no elenco de renovação política

Secretário de Governo afirma-se como opção de Azambuja para disputa eleitoral

12 JAN 2018Por Rádio Jota FM/Edson Moraes19h31

Em 2016, quando Reinaldo Azambuja (PSDB) completava dois anos de mandato, seu secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, não assumia de publico a hipótese de disputar mandato eletivo. Mas, em dezembro daquele ano, deu uma discreta sinalização de que estava nos planos políticos e eleitorais do governador.

Foi em dezembro, há dois anos, que Eduardo Riedel, durante concorrida reunião com dirigentes da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), discorreu sobre como vinha conduzindo a Segov. E diante do grupo de expressivos interlocutores da economia local deixou escapar vários conceitos e conclusões, próprios de quem, se não é, pode estar alimentando pretensões futuras. Naquele encontro, Riedel já vivia um momento em que seu protagonismo na Pasta o alçava num elevado patamar de projeção.

Entre outras definições, o titular da Segov considerava que a gestão publica “carece, com urgência, de uma revisão de modelo para dar viabilidade à máquina, não só no Estado, mas em âmbito nacional”. Adiante, sentenciava ser vital “deixar a estrutura mais eficiente, comprando enfrentamentos que não podem ser adiados”. Não era um discurso de candidato a candidato. Porém, o contexto retórico tinha tudo a ver, em especial ao abordar a coragem e a capacidade do gestor para fazer enfrentamentos.

Agora, no início da reta final do primeiro mandato de Azambuja, de quem tem total confiança, Riedel repete o ensinamento e confirma-se como peça das mais valiosas na engrenagem governamental. A performance política e econômica da administração estadual obedece a um planejamento de visão estratégica, que priorizou resultados nem sempre atraentes para o imediatismo espetaculoso da fotografia eleitoral. No entanto, o efeito político é consistente e está consolidado.

Nesta cadência, e sem fazer estardalhaço, Riedel ganhou simpatia e credibilidade das forças que sustentam política e administrativamente o governador. Até já se especulou que, se Azambuja eventualmente decidir não candidatar-se à reeleição, o secretário de Governo seria um dos primeiros na cotação para substituí-lo. Azambuja, fortalecido, tem o caminho natural da busca pela reeleição. E deve levar consigo, entre os parceiros de palanque e de caça aos votos, seu leal amigo e auxiliar, provavelmente para disputar   cargo majoritário (alternativa para o Senado) ou proporcional (Câmara dos Deputados).

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