Urnas fazem renovação de quase 50% na AL

Sem alcançar os votos necessários, por concorrer a outros cargos ou não tentar a reeleição, 11 deputados estaduais se despedem dos assentos que tinham no Palácio Guaicurus.

31 DEZ 201807h56

        Dos atuais 24 deputados da Assembleia Legislativa, reelegeram-se 13:Paulo Corrêa, Onevan de Matos, Rinaldo Modesto e Felipe Orro, do PSDB;Renato Câmara, Eduardo Rocha e Márcio Fernandes, do MDB; Cabo Almi e Pedro Kemp, do PT; Zé Teixeira e José Carlos Barbosinha, do DEM; Herculano Borges, do Solidariedade; Lídio Lopes, do Patriota.

 

Dois retornam à Casa: Londres Machado (PSD) e Coronel David (PSL). Os que estreiam no mandato são: Gerson Claro e Evander Vendramini, do PP; Capitão Renan Contar (PSL), Jamílson Name (PDT), Marçal Filho (PSDB), Neno Razuk (PTB), Antonio Vaz (PRB), Lucas de Lima (Solidariedade) e João Henrique Catan (PR).


        Sem alcançar os votos necessários, por concorrer a outros cargos ou não tentar a reeleição, 11 deputados estaduais se despedem dos assentos que tinham no Palácio Guaicurus. Enelvo Iradi Felini, Mara Caseiro e Maurício Picarelli, do PSDB; George Takimoto e Paulo Siufi,do MDB; Amarildo Cruz e João Grandão, do PT, não se reelegeram. Antonieta Amorim (MDB) não entrou na disputa. Grazielle Machado (PSD) saiu de cena para devolver ao pai, Londres Machado, o espaço que vinha ocupando durante 13 mandatos seguidos, de 1970 a 2014. Beto Pereira (PSDB) se elegeu deputado federal e Júnior Mochi (MDB), presidente da AL, foi o candidato do MDB ao Governo, mas não chegou ao segundo turno.

Corre nos bastidores uma informação - que não é oficial - dando conta de um suposto interesse do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) promover a ascensão de suplentes, no caso duas candidatas do PSDB que não tiveram sucesso nas urnas: Mara Caseiro e Dione Hashioka. 

Ambas possuem experiência parlamentar. Mara estava em seu terceiro mandato e Dione foi deputada em uma legislatura. Para que assumam as cadeiras é preciso que o governador chame para seu secretariado um ou dois eleitos.


        Serão fundamentais, por exemplo, as experiências de Londres Machado, Zé Teixeira, Onevan de Matos e Paulo Corrêa. Definido por ampla maioria para ser o futuro presidente da Mesa Diretora, Corrêa quer uma gestão compartilhada e que dê ênfase no equilíbrio do custeio,
valorização do servidor e uma relação institucional madura e harmônica com os outros poderes. Ganhou nas urnas o sétimo mandato consecutivo e sabe o que faz.


        Londres está de volta. Recordista de mandatos consecutivos- eram 13 quando interrompeu a trajetória, em 2014, para dar lugar à filha Grazielle - agora retorna após vencer a guerra contra um câncer e preenche a lacuna da planície de interlocuções políticas. Teixeira é outro que vai para o sétimo mandato e também derrubou um câncer.


Porta-voz dos segmentos produtivos tem presença obrigatória nas decisões que envolvem os poderes.


        Cabo Almi se destaca pela simplicidade, é um líder de esquerda com trânsito em todos os setores. Renato Câmara e Márcio Fernandes se sobressaem entre os  que vêm ampliando espaços para voos maiores.


Lucas de Lima, que se revelou fazendo rádio - é um dos mais populares do segmento - enfim alcança o objetivo de representar a sociedade na Assembleia Legislativa, prometendo não decepcionar. O mais votado desta eleição, Capitão Contar, sabe que está no centro de todas as
expectativas. É fã de Jair Bolsonaro e avisa que não dará descanso aos corruptos.


        Gerson Claro é um vitorioso em dupla mão, na política e na vida pessoal. Acossado pela pressão midiática que io lançou num terreno desgastante, ao ser acusado de irregularidades quando dirigia o Detran-MS, soube enfrentar as horas difíceis, responder aos questionamentos políticos e judiciais, comprovando sua capacidade para a vida pública. É advogado e especialista em questões do municipalismo.


        MANDATOS FEDERAIS - No Senado, o experiente Nelsinho Trad (foi vereador, prefeito duas vezes de Campo Grande e deputado estadual) e a debutante em mandato Soraia Thronicke vão assumir desafios locais e nacionais que envolvem questões como a ética, a justiça, o direito e a inovação na forma de fazer política. Já na Câmara dos Deputados, Fábio Trad confirmou a força do nome e do prestígio conferidos no exercício da profissão (é advogado, presidiu a seção regional da OAB) e na atividade política.

         Em 2014 os oito deputados federais eleitos em Mato Grosso do Sul foram: Zeca do PT e Vander Loubet; Carlos Marun e Geraldo Resende, do PMDB na época; Tereza Cristina, do PSB; Márcio Monteiro, do PSDB; Luiz Henrique Mandetta, do DEM; e Dagoberto Nogueira, do PDT.

Nos anos seguintes ocorreram duas alterações: Marun tornou-se ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência e Monteiro ganhou uma vaga no Conselho Deliberativo do Tribunal de Contas, abrindo espaço para os suplentes Eliseu Dionísio, hoje no PSB, e Fábio Trad, do PSD.


        Foram reeleitos Tereza Cristina, Vander Loubet, Fábio Trad e Dagoberto Nogueira, enquanto Marun não disputou e deve reassumir a vaga por um mês, em janeiro, par completar o mandato. Mandetta optou por ficar fora da corrida pela reeleição e está confirmado para ser o próximo ministro da Saúde. A tentativa de ganhar mais quatro anos na Câmara não deu certo para Resende, que ficou de suplente. Os novos detentores de mandatos congressuais na Câmara são Rose Modesto e Beto Pereira, do PSDB, Tio Trutis e Luiz Ovando, do PSL

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