Eder se livra de pena por femínicidio mas é condenado por desviar recurso do Sindicato

18 FEV 2020Por Flávio Paes09h04

 O ex-sindicalista Eder Clemente de Souza, que por 4 a 2, foi declarado inimputável pelo Tribunal do Júri, se livrou de  cumprir pena de até 30 anos por ter matado em 2018 com 28 golpes de faca mulher Edmarcia Cintia da Silva,  foi sentenciado a dois anos e 22 dias de reclusão, pena a ser cumprida em regime aberto e pagar R$ 5 mil  de indenização por ter desviado recursos do Sindaves em   2015, quando era tesoureiro da entidade.  Com a descoberta do desvio, foi afastado da diretoria.

 Uma comissão de inquérito, integrada por 9 diretores da entidade, com o suporte da contadora do Sindicato, Michele Lopes de Araújo, levantou documentos e depoimentos, que comprovaram o desvio de recursos perpetrados pelo tesoureiro. Apurou-se, por exemplo, que Eder lançou como pago seis boletos da contribuição devida à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação.

O dinheiro saiu do caixa, mas o Sindicato continuou em débito com a Confederação. Foi encontrado recibo, emitido em 10 de agosto de 2008, referente ao pagamento de contribuições em atraso devida pelo associado Abimael Maciel dos Santos, mas o dinheiro não entrou no caixa do Sindicato. A mesma estratégia ele utilizou em relação as mensalidades recolhidas pelos associados Francisco da Silva e Marlon Maciel. Houve o suposto pagamento no dia 9 de novembro de 2015, de R$ 133,65 para a Eldorado Material de Construção, mas o material não foi retirado.

Ele teria usado recursos da entidade (R$ 108,00) para a compra de água mineral na Planalto Conveniência; livros infantis na Livraria Paulo Freire (R$ 109,60) e pagou R$ 3.211,00 (2 de fevereiro de 2015) por serviços não realizados por um funileiro fictício, por ele identificado como Julio Pereira de Souza. Também foram constatados pagamentos em duplicidade (R$ 902,00) para o Auto Posto Pé de Cedro; de boletos referente a prestação do financiamento do veículo da entidade (R$ 749,97). A comissão apurou ainda que Eder se apropriou de R$ 2.300,00 que recebeu do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Vestuário, destinada a custear as despesas da Festa do Trabalhador de 2015.

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