Dra. Mariana Dutra, Psicóloga, participou do Programa Ronda da Cidade

Discorreu sobre a Saúde Mental nos anos de pandemia.

16 JAN 2022Por Celso Albuquerque/Rádio JOTA FM 99.5 19h30

Dra. Mariana Dutra, Psicóloga de nossa cidade, participou do Programa Ronda da Cidade, da Rádio JOTA FM, 99.5, na manhã desta última sexta-feira (14), sendo na ocasião entrevistada pelo Apresentador do Programa, o radialista Celso Albuquerque.

Dra. Mariana discorreu sobre a Saúde Mental nos anos de pandemia.

A pandemia do novo Coronavírus, que já infectou mais de 5 milhões de brasileiros, escancarou uma realidade que, de alguma forma, faz parte do chamado “novo normal” ao qual a sociedade está se adaptando: o adoecimento emocional da população.

Estima-se que quase 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com transtornos mentais, 3 milhões morrem anualmente devido ao uso do álcool e 1 pessoa morre a cada 40 segundos por suicídio. Com a pandemia, esses índices certamente sofreram um acréscimo, causando um impacto adicional na Saúde Mental de bilhões de pessoas pelo planeta.

Falar de Saúde Mental ainda é um estigma em nossa sociedade. Por preconceito, medo ou mesmo falta de informação, 70% das pessoas que sofrem de algum transtorno mental não procuram ajuda.

Perguntado a Dra. Mariana se a sociedade está mais aberta a dialogar sobre Saúde Mental?

Respondeu que é imprescindível se falar cada vez mais e abertamente sobre o tema. Mas, ainda existem vários desafios, como o preconceito, a falta de informação ou o conhecimento de fontes fundamentadas. Há uma série de notícias disponíveis sobre o assunto, mas algumas sem embasamento que acabam causando um desserviço e comprometendo a credibilidade e relevância do cuidado à Saúde Emocional.

Quais preconceitos que impedem o diálogo sobre Saúde Mental?

Infelizmente ainda nos deparamos com casos em que as pessoas sentem vergonha ou constrangimento para demonstrar ou conversar sobre o assunto, especialmente no campo profissional. Em muitos casos, quando alguns profissionais abordam o tema, sofrem preconceito por parte de gestores e colegas de trabalho. Há muitos desafios a serem vencidos para a compreensão e o reconhecimento da necessidade do autocuidado em relação à Saúde Emocional, como uma ação preventiva e como manutenção da qualidade de vida. O maior deles é a falta de conhecimento ou apreensão equivocada sobre a Saúde Mental versus fragilidade, adoecimento, improdutividade, entre outros estigmas ainda observados na sociedade atual.

Como a pandemia vem impactando a Saúde Emocional da população?

A pandemia mundial da Covid-19 e o distanciamento social colocaram em evidência as nossas questões emocionais.  Os dados estatísticos comprovam esse fato a todo momento. É recorrente a publicação nas mídias de alguma notícia relacionada ao aumento do sofrimento psíquico da população, principalmente em quem já tinha fatores preexistentes.

Diante desse cenário, como minimizar esses impactos?

O importante é exercitarmos o autoconhecimento, assim podemos identificar se algo está nos afetando ou comprometendo nossas ações rotineiras e procurar ajuda.

É natural nesse momento de tantas incertezas nos depararmos com sentimentos de angústia, ansiedade, irritabilidade ou medo. Porém, é preciso estar atento à duração e à intensidade de sinais e sintomas emocionais e físicos, pois a permanente sensação de mal-estar sinaliza que precisamos de apoio profissional para sairmos de um estado de sofrimento emocional.

Mariana finalizou agradecendo a Equipe de jornalismo da Rádio JOTA FM, 99.5, disse que o tema Saúde Mental é muito abrangente e se disponibilizou para dirimir possíveis dúvidas dos ouvintes. Reconhecer nosso lado frágil, aceitar que nem sempre conseguimos lidar sozinhos com todas as situações e sentimentos e acolher nossa humanidade é o próximo passo para pedir ajuda por meio de uma psicoterapia, é uma atitude de amor, cuidado e compaixão por si mesmo.

 

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