O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) quer que o julgamento de Carlos Roberto Manzoli, condenado por matar Leandro Francisco de Freitas, de 33 anos, em Paranaíba, seja anulado. O crime aconteceu em 14 de abril de 2024, no Rancho do Nenê Português, próximo ao Parque Aquático da cidade.
Carlos, que era caseiro do rancho, foi julgado em 28 de janeiro de 2025 e condenado a 7 anos, 9 meses e 22 dias de prisão por homicídio privilegiado, quando o crime ocorre por uma forte emoção ou provocação da vítima. No entanto, o MP não concorda com essa decisão e acredita que ela foi contrária às provas apresentadas. Segundo os promotores, o acusado atirou em Leandro após uma discussão, e o fez de forma premeditada. Ele teria saído da cena da briga, ido até sua casa buscar uma arma e voltado para atirar, mesmo sabendo que havia muitas pessoas no local, inclusive familiares e crianças.
“O réu voltou armado e atirou três vezes. Dois tiros acertaram Leandro, que morreu no local. A vítima nem teve chance de se defender”, aponta o documento enviado pelo MP.
A briga começou porque a festa de aniversário no rancho passou do horário combinado. O caseiro foi até o local reclamar e, mesmo depois da discussão ter terminado, voltou armado e atirou. O Ministério Público agora pede que o julgamento de janeiro seja anulado e que um novo júri popular seja realizado. Caso o pedido não seja aceito, o MP pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para garantir um novo julgamento. A expectativa é que o Tribunal avalie o pedido nas próximas semanas