O surgimento de carunchos em alimentos pode ser um pesadelo tanto para as donas de casa quanto para grandes produtores que estocam produtos. Pesando nisso, um grupo de estudantes do ensino médio do Sesi de Aparecida do Taboado desenvolveram um repelente natural capaz de inibir a criação de carunchos em alimentos. A pesquisa finalista da maior e mais importante feira de ciências do país a Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia).
O projeto tem como proposta usar como repelente aos carunchos o estrato da fruta noni (Morinda citrifolia), que é originária do Sudeste da Ásia, Indonésia e Polinésia, onde tem sido utilizada devido às supostas propriedades medicinais e terapêuticas.
Desenvolvida pelos alunos Igor Guissane Bruno, 17 anos, João Victor Ramos Sidrônio dos Santos, 18 anos, e Diego Soares Ribeiro, 18 anos, a pesquisa aponta que o estrato da fruta noni pode ser usado na produção de uma embalagem para alimentos como arroz, feijão, farinha e milho. Essa embalagem será capaz de inibir a criação de carunchos, que são insetos coleópteros pentâmeros que se alimentam de cereais armazenados, reduzindo-os a pó e causando prejuízos.
Trata-se do 2º ano que os estudantes da Escola do Sesi de Aparecida do Taboado participam da Febrace com um projeto. Na edição de 2020 eles conquistaram o 3º lugar na categoria saúde. Na edição deste ano de 2021, eles foram selecionados mais uma vez como um dos finalistas entre os projetos escolhidos na Região Centro-Oeste e a Mostra Virtual de Projetos Finalistas está programada para os dias 15 a 27 de março.
Conquista nacional
A pesquisa é orientada pelo professor Vinicius Agostini Machado, que leciona a disciplina de Biologia e Ciências da Natureza. “Foi uma grande conquista, porque em um ano de pandemia, quando muitas atividades foram interrompidas, nós conseguimos manter o andamento da pesquisa, mesmo que de forma remota. Graças a esse esforço, conseguimos mais uma vez estar entre os finalistas da Febrace, entre os melhores do Brasil”, completou, destacando a importância do apoio da Rede de Ensino do Sesi no Estado à iniciação científica dos alunos.
Segundo o estudante Igor Guissane Bruno, que é aluno da 3ª série do Ensino Médio da Escola do Sesi de Aparecida do Taboado, o grupo está fazendo os últimos ajustes para a apresentação do projeto. “Ser finalista na Febrace é uma experiência incrível. Afinal, mesmo com todas as adversidades e inseguranças do ano anterior, conseguimos continuar nossa pesquisa e tenho certeza que participar da feira vai trazer mais visibilidade e benefícios para o nosso trabalho”, projetou.
A Febrace é um movimento nacional que incentiva a criatividade, inovação e empreendedorismo entre os jovens estudantes na educação básica, sendo realizada na Universidade de São Paulo. Jovens de todo o Brasil são selecionados de acordo com seus projetos com fundamento científico, nas diferentes áreas das ciências e engenharia e finalista são convidados para participar da Feira em São Paulo, onde disputam premiações. Neste ano, por conta da pandemia da Covid-19, a feira deve ser realizada de forma online no mês de março, com representantes de todas as regiões do País.