Policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) impediram que 504 quilos de cocaína fossem embarcados em avião na manhã desta quinta-feira (10) na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A aeronave chegou a ser vista sobrevoando em baixa altitude os arredores da pista de pouso, mas não foi identificada.
A droga estava em uma caminhonete D20 preta. O DOF informou também ter apreendido três tambores com 150 litros de combustível de avião. A hipótese é de que a aeronave seria abastecida depois de carregada com a droga, para levar a carga ao destino final.
Segundo o DOF, os policiais patrulhavam a MS-280 (que liga Laguna Carapã a Caarapó) quando perceberam o avião voando baixo perto de uma fazenda. A área rural fica a menos de 60 km do território paraguaio.
Na mesma região, os policiais tentaram abordar a caminhonete D20 preta, mas o motorista fugiu. Alguns quilômetros à frente, ele entrou em plantação de milho, abandonou o veículo e correu para o mato. Na carroceria estavam os fardos com tabletes de cocaína pura.
Detalhe que chama atenção é a marca adotada para identificar o fornecedor da cocaína. Parte dos tabletes tinha adesivo com a palavra hot (quente em inglês) e uma pimenta vermelha. Adesivo idêntico foi usado na carga de 483 quilos de cocaína apreendidos terça-feira (8) pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), em Campo Grande.
O DOF avaliou em R$ 37,5 milhões a carga de cocaína apreendida hoje, mas não há consenso entre órgãos de segurança pública de Mato Grosso do Sul sobre o valor da droga. A carga interceptada na Capital na terça-feira, por exemplo, apesar de ser menor, foi avaliada pelo Dracco em R$ 60 milhões.