Acusada de mandar matar o marido, Valdirene Fiorentino da Silva, 35, foi condenada a 12 anos e 10 meses de prisão inicialmente fechado. Outros quatro envolvidos no crime corrido em fevereiro deste ano em Dourados, também foram condenados. Dois foram absolvidos. O julgamento durou quase 18 horas e terminou por volta de meia-noite de ontem (3) no Fórum da cidade.
Valdirene era casada com o empresário José Pereira Barreto, dono de frota de ônibus de turismo. Ferido a tiros por pistoleiros contratados a mando da mulher, Barreto sobreviveu.
Pedro Jorge Braga Cancio Júnior, funcionário do empresário e acusado de ter tramado a morte do patrão em conluio com Valdirene, foi condenado a 16 anos e oito meses de reclusão. Charles Barros de Lima Ribeiro, autor dos tiros contra o empresário, pegou 13 anos e quatro meses de prisão.
Outros dois envolvidos, João Paulo Alves Cardoso, e Leandro Alves Gonçalves, foram condenados a 14 anos e sete meses e sete anos e três meses, respectivamente. O juiz Eguiliell Ricardo da Silva manteve a prisão preventiva dos cinco condenados. Com isso, eles vão começar a cumprir as penas em regime fechado.
David Jonathan dos Santos e Paulo Vitor dos Santos, também denunciados pelo Ministério Público, foram absolvidos. O juiz revogou a prisão deles e expediu alvará de soltura.
O Dia do Crime – O atentado ocorreu no final da tarde de 13 de fevereiro, no cruzamento das ruas Mato Grosso e Cuiabá, no Jardim Santo André, região central de Dourados. Barreto foi ferido com três tiros quando seguia na sua caminhonete S10. Ele perdeu o controle da direção, colidiu em um poste e em um estabelecimento do cruzamento. Barreto perdeu parte dos movimentos do lado esquerdo do corpo em consequência dos tiros.
Durante as investigações, a polícia encontrou quase meio milhão de reais na casa do empresário e duas armas. Na caminhonete S10 usada por Barreto no momento do atentado, os policiais encontraram R$ 63 mil em dinheiro.
Na denúncia contra os envolvidos, o Ministério Público afirmou que Valdirene tinha relação conturbada com Barreto, com quem vivia há 17 anos. Pedro Cancio teria tramado a morte dele com a patroa por nutrir raiva do patrão, considerado arrogante e que tratava mal os funcionários.