A Justiça do Paraguai determinou a transferência da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, do ex-diretor Cristian González e do ex-chefe de segurança, Arnaldo Mathias Baez para duas instituições penais de Assunção.
A transferência foi na noite desta quinta-feira, dia 30 de janeiro e ocorreu por conta da fuga de 76 integrantes de uma facção criminosa brasileira por um túnel, na madrugada de domingo (19).
O Paraguai já tinha decretado a prisão dos 31 agentes e do diretor do presídio que são suspeitos de facilitarem a fuga dos integrantes da facção criminosa em troca de R$ 330 mil. Pelo menos 11 detentos foram recapturados.
De acordo com as investigações, Arnaldo ajudou esconder o túnel escavado para a fuga em massa. Ele não teria permitido vistoria no pavilhão ocupado pela facção brasileira. Cristian, deu suporte a operação, de acordo com a polícia.
A fuga
O Ministério Público informou que vídeos das câmeras de segurança do presídio mostram uma movimentação intensa desde as 4 horas do dia da fuga. Para a promotora, é impressionante que os guardas não tenham agido diante das imagens que tinham à disposição.
A maior parte dos presos estava em um piso superior e um grupo no térreo, onde o túnel foi cavado. Para ter acesso ao piso inferior, os detentos devem passar por um portão, que deve permanecer trancado.
O que chamou a atenção dos promotores foi que esse portão estava trancado no momento em que Ministério Público foi visitar o local após a fuga.
Na lista de foragidos divulgada pelo Ministério da Justiça do Paraguai estão o brasileiro Timóteo Ferreira, apontado como líder da facção dentro do presídio. Também estão seis supostos integrantes do grupo de matadores de aluguel "Minotauro", ligado ao narcotráfico.