Prefeito de Caarapó contesta classificação do município como ‘bandeira cinza’

Último boletim epidemiológico, divulgado na quinta-feira (10), indica registro de apenas 8 casos ativos de Covid-19

11 SET 2020Por Wander Ferreira15h31

A classificação de Caarapó como de ‘risco extremo’ de contaminação pelo novo coronavírus, divulgada pelo Programa Prosseguir da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul na última quinta-feira (10), levou o prefeito André Nezzi (PSDB) a se manifestar publicamente de forma contundente. O dirigente contestou a classificação do município como sendo de ‘bandeira cinza’, que significa grau extremo de risco para atividades econômicas e sociais por conta da pandemia da Covid-19.

“Respeito, mas não concordo com os critérios do Prosseguir”, disse o dirigente, apresentando os números da Covid-19 em Caarapó, conforme boletim epidemiológico divulgado pelos órgãos de saúde municipais. Nezzi mostrou que, desde o início da pandemia, o município registrou 394 casos de Covid-19, com 384 recuperados. Ocorreram dois óbitos por conta da doença provocada pelo novo coronavírus. “Isso significa que temos apenas 8 casos ativos de Covid-19 em Caarapó e apenas uma pessoa está internada”, destacou o prefeito.

“Essa é a nossa realidade. Eu não entendo essa classificação feita pelo Prosseguir, a metodologia utilizada pelos técnicos do programa, porque, se compararmos os nossos números com as estatísticas de cidades vizinhas, veremos que em outros municípios o número de mortes e de casos é bem maior do que aqui e colocaram Caarapó como de grau extremo de risco”, ponderou o dirigente caarapoenses.

“Desde o início da pandemia tomamos todas as medidas necessárias e recomendadas pelas autoridades sanitárias e os números mostram que a situação está sob controle em Caarapó. Então, algo está errado com a metodologia empregada pela Secretaria de Saúde do Estado para medir o grau de risco de contaminação pelo novo coronavírus nos municípios”, frisou o mandatário.

André Nezzi voltou a convocar a população para reforçar os cuidados diários diante dos riscos de contaminação, como a utilização de álcool em gel para higienizar as mãos, o uso de máscara e que se evitem as aglomerações, ambiente favorável à disseminação do coronavírus. O dirigente descartou a decretação de lockdown na cidade, como chegou a ser cogitado, apontando que os números atuais não justificam uma medida extrema como essa. “É vida que segue, com os devidos cuidados”, concluiu.

 

 

caaraponews

Deixe seu Comentário

Leia Também