Vigilância Sanitária de Caarapó divulga informativo sobre o Notivisa

31 MAI 2019Por Dilermano / Por:Rubia Mara Jota FM Caarapó07h23

Talvez a grande maioria da população não saiba, mas existe um canal que permite ao cidadão registrar notificações à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Trata-se do Notivisa, que é o Sistema de Notificações de Vigilância Sanitária, objeto de informativo que o Departamento de Vigilância de Caarapó, órgão da Secretaria Municipal de Saúde, acaba de divulgar.

“Trata-se de um sistema informatizado desenvolvido pela Anvisa para receber notificações de incidentes, eventos adversos e queixas técnicas relacionadas ao uso  de produtos e de serviços sob vigilância sanitária”, explica o médico veterinário Adriano Piovesan, da Vigilância Sanitária de Caarapó.

Segundo o profissional, o acesso ao serviço se dá pelo cadastramento no site http://portal.anvisa.gov.br/notivisa/cadastro. “Instituição, empresa, usuário ou profissional liberal, qualquer pessoa pode realizar a notificação”, diz.

Podem ser notificados: Incidente/evento adverso durante procedimento cirúrgico, queda do paciente, úlcera por pressão (feridas na pele provocadas pelo tempo prolongado sentado ou deitado), reação adversa ao uso de medicamentos, inefetividade (não funcionamento) terapêutica de algum medicamento (muito comum com antibióticos); erros de medicação que causaram ou não danos à saúde do paciente (por exemplo, troca de medicamentos no momento da administração ou associação de medicamentos, haja vista que muitos usuários usam mais de quatro medicamentos diários); evento adverso decorrente do uso de artigo médico-hospitalar ou equipamento médico-hospitalar; reação transfusional decorrente de uma transfusão sanguínea; evento adverso decorrente do uso de um produto cosmético; evento adverso decorrente do uso de um produto saneante, produto (todos listados acima, exceto sangue e componentes) com suspeita de desvio da qualidade; produto com suspeita de estar sem registro (suspeita de medicamento falsificado); Produtos hospitalares que não funcionam ou chegaram com problemas, até mesmo seringas e agulhas, suspeita de produto falsificado; suspeita de empresa sem autorização de funcionamento (AFE).

Objetiva-se, com as informações recebidas pelo Notivisa, subsidiar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) na identificação de reações adversas ou efeitos não-desejados dos produtos, aperfeiçoar o conhecimento sobre os efeitos dos produtos e, quando indicado, alterar recomendações sobre seu uso e cuidados; e promover ações de proteção à Saúde Pública por meio da regulação dos produtos comercializados no País.

“Posteriormente ao envio da notificação, o notificante é informado sobre o seu recebimento pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, tendo acesso, além do próprio notificante, a Anvisa e Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estaduais”, relata Piovesan, acrescentando que, ao receber a notificação, o ente competente do sistema analisa a notificação de acordo com a gravidade, previsibilidade (se o evento era esperado ou não), relação causal entre o evento descrito e o produto e o risco associado ao evento adverso/queixa técnica.

De acordo com essa análise, várias ações podem ser adotadas pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, tais como o agrupamento das notificações até que mais informações (ou outras notificações) sejam recebidas, abertura de processo de investigação, realização de inspeções nos estabelecimentos envolvidos, coleta de amostras para análise fiscal, elaboração e divulgação de alertas e informes, alteração nas bulas/rótulos dos produtos, restrição de uso ou comercialização, interdição de lotes ou cancelamento de registro.

Piovesan registra que as notificações enviadas são mantidas sob sigilo. Caso seja necessário, o SNVS entrará em contato com o notificador para esclarecer dúvidas, obter informações adicionais ou acompanhar os desdobramentos do caso notificado.

Deixe seu Comentário

Leia Também