Campo Grande decreta situação de emergência na Saúde pública

Medida busca agilizar ações de enfrentamento à crise causada pela superlotação dos hospitais e aumento de doenças.

26 ABR 2025Por Evandro Silva 16h56

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, vai decretar neste sábado (26) situação de emergência na Saúde pública do município. A medida, que terá validade inicial de 90 dias, é uma resposta à alta circulação de doenças, à falta de leitos hospitalares e à sobrecarga no sistema de atendimento. Com o decreto, a Prefeitura busca dar agilidade às ações de enfrentamento da crise sanitária.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, a decisão foi motivada pelo agravamento da situação epidemiológica na cidade. De acordo com ela, embora a emergência tenha começado de forma localizada, o cenário aponta para uma piora nas próximas semanas.

“A tendência nossa, do município, é que haja esse crescimento nas próximas semanas, que tenha esse crescimento que houve nas duas, três semanas anteriores, e que isso se mantenha nas quatro e seis semanas posteriores. Se nós não conseguirmos mitigar, controlar e eliminar, a tendência é só crescer”, alertou Rosana.

Com hospitais lotados e a ausência de leitos disponíveis, a Prefeitura decidiu agir para evitar o colapso do sistema. “Motivação epidemiológica, alto índice de circulação, tendência de se manter alto, ausência de leitos, sobrecarga já do sistema. Nós não temos mais leitos”, reforçou a secretária.

Outro fator que agrava a situação é o tempo médio de internação dos pacientes, que varia entre cinco e dez dias, pressionando ainda mais a rede hospitalar. “A tendência de um paciente é ficar na média, de bons serviços, de 5 a 10 dias internados, então preocupa”, acrescentou.

O decreto permitirá que o município flexibilize normas técnicas, como a redução da distância entre leitos e a alteração na proporção de médicos por paciente em UTIs, medidas semelhantes às adotadas durante a pandemia de Covid-19.

“Hoje a regra é que é um médico para cada 10 pacientes no CTI, podemos até flexibilizar, é claro, sempre avaliando a capacidade”, explicou Rosana Leite de Melo.

A Prefeitura também poderá adaptar unidades de terapia intensiva e criar áreas de atendimento intermediário, para expandir a capacidade hospitalar no enfrentamento à crise.

 

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