Governo libera R$ 100 mi para tratar SRAG em crianças e Capital pode se beneficiar

Campo Grande, em estado de emergência, está apta a receber parte do recurso; Dia D de vacinação será em 10 de maio.

07 MAI 2025Por Evandro Silva 12h46

Como medida de prevenção diante do aumento de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, o Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (6) um incentivo financeiro anual de R$ 100 milhões para reforçar o atendimento a crianças pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi oficializada por meio da Portaria nº 6.914/2025, publicada no Diário Oficial da União.

O valor será destinado, em caráter excepcional e temporário, ao custeio de serviços da Atenção de Média e Alta Complexidade voltados ao tratamento de crianças com SRAG. O repasse será realizado na modalidade fundo a fundo, ou seja, transferido diretamente do Fundo Nacional de Saúde para os fundos estaduais e municipais, mediante a declaração de emergência em saúde pública.

Campo Grande, que decretou estado de emergência por 90 dias no dia 26 de abril, está apta a receber parte do recurso. A capital justificou a medida pelo aumento de casos de SRAG e pela falta de leitos em hospitais e unidades de saúde. 

De acordo com o boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já foram notificados 45.228 casos de SRAG no Brasil em 2025. Desses, 42,9% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os principais agentes, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) foi o mais frequente, responsável por 38,4% dos casos, seguido por rinovírus (27,9%), covid-19 (20,7%), influenza A (11,2%) e influenza B (1,6%).

Além do repasse financeiro, o Ministério também anunciou o Dia D de vacinação contra a gripe, que será realizado em todo o país no próximo sábado, 10 de maio. Em Campo Grande, a prefeitura divulgará os locais de vacinação no site oficial. A imunização é considerada essencial para a prevenção de complicações respiratórias, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades.

A expectativa é de que as medidas contribuam para reduzir a sobrecarga no sistema de saúde e proteger os grupos mais vulneráveis.

 

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