Mulher é morta após espancamento e corpo é encontrado em rio em Cassilândia

Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, morreu após ser brutalmente agredida na região do tórax.

02 JUN 2025Por Redação Jota FM 99.508h48

O laudo médico apontou como causa da morte um choque cardiogênico, decorrente de trauma torácico contuso provocado por fortes pancadas no peito. A principal suspeita da família é de que o agressor tenha sido o companheiro da vítima, Andreyko Vannutty de Assis Machado, de 43 anos, com quem Thácia mantinha um relacionamento conturbado há cerca de quatro anos.


Segundo Fátima Ramos, mãe da vítima, Thácia sofria violência doméstica de forma recorrente. “Ela morreu de tanto levar murro no peito. Ele era obsessivo, não a deixava em paz nem no trabalho”, relatou emocionada. O corpo de Thácia foi localizado no rio Aporé, em Cassilândia, no dia 14 de maio, após três dias de desaparecimento. Ela havia sido vista pela última vez na noite de um baile na cidade, onde teria discutido com o companheiro por ciúmes.


Após o desaparecimento, Andreyko chegou a registrar boletim de ocorrência alegando que havia deixado a vítima na entrada da cidade. No entanto, a versão dele começou a ser questionada pela polícia. Imagens de câmeras de segurança mostram o carro do suspeito indo em direção ao rio e retornando em apenas 11 minutos — tempo considerado insuficiente para que toda a sequência do crime tivesse ocorrido ali, o que levanta a hipótese de que Thácia já estivesse sem vida antes de ser levada ao local.


Durante as investigações, vestígios de sangue foram encontrados no carro de Andreyko e em sua residência, indicando tentativa de ocultação de provas. Um dos sapatos da vítima e um brinco foram localizados próximos ao rio.
Em depoimento informal, o suspeito admitiu ter agredido Thácia dentro do carro e alegou que houve uma luta corporal às margens do rio. A Polícia Civil trata o caso como feminicídio, e o homem permanece preso temporariamente por decisão judicial, com parecer favorável do Ministério Público. A família de Thácia, abalada, clama por justiça. “Ele tirou um pedaço de mim. Eu criei meus três filhos sozinha e não foi fácil. Ver minha filha morrer assim é uma dor que não passa”, disse a mãe.

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