A Associação Alemã de Agricultores (DBV), a Associação dos Proprietários de Florestas (AGDW) e empresas familiares dos setores agrícola e florestal solicitaram à Comissão Europeia o adiamento da implementação da nova lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR), prevista para entrar em vigor em 30 de dezembro de 2024.
As entidades alertam que a legislação, em sua forma atual, poderá gerar impactos negativos significativos para a agricultura e a silvicultura na Alemanha. Segundo Andreas Bitter, presidente da AGDW, caso a EUDR seja implementada sem alterações, muitos proprietários de florestas poderão ser excluídos do mercado, o que causaria uma escassez de madeira para a indústria e consumidores. Bitter ainda apelou para que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, intervenha para adiar o regulamento e reduzir a burocracia envolvida.
Joachim Rukwied, presidente da DBV, afirmou que a Alemanha não enfrenta problemas de desmatamento, apontando que a área florestal do país tem aumentado. No entanto, produtores de madeira, carne bovina e soja seriam afetados por processos burocráticos complexos, que ele considera desnecessários e ineficazes para combater o desmatamento em outras partes do mundo.
As associações ressaltam que a proteção das florestas já está assegurada por meio de legislação nacional e certificações de sustentabilidade, mas que a nova lei sobrecarregaria ainda mais agricultores e proprietários florestais com exigências adicionais.