A cesta básica em Campo Grande registrou uma alta expressiva de 9,97% no mês de outubro, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse aumento colocou a cidade no topo das capitais com maior variação de preços no último ano, em comparação com outras cidades brasileiras. Entre outubro de 2023 e outubro de 2024, além de Campo Grande, outras capitais como Brasília (9,77%), Goiânia (9,32%) e São Paulo (9,17%) também tiveram elevações significativas no custo dos alimentos básicos. Recife e Fortaleza, por outro lado, foram as únicas capitais a registrarem queda nos preços, com retrações de -1,60% e -1,17%, respectivamente.
No mês passado, o custo da cesta básica em Campo Grande chegou a R$ 751,06, apresentando um aumento de 5,10% em relação a setembro, a maior variação mensal entre as capitais. O Dieese calcula que, para suprir os gastos com a cesta básica e outras despesas, o salário mínimo necessário seria de R$ 6.769,87 – 4,79 vezes o valor atual de R$ 1.412,00. Em setembro, essa estimativa foi de R$ 6.657,55.
Entre os itens que mais impactaram o valor da cesta básica estão a carne bovina, com alta de 8,62% em Campo Grande, e o óleo de soja, que subiu 4,20% em comparação ao mês anterior e acumulou 21,77% nos últimos 12 meses. A batata e a banana também pesaram no orçamento, com aumento de 1,69% e 5,53%, respectivamente. A banana, em especial, sofreu o maior aumento acumulado entre as capitais, com 19,77% em 12 meses.
Com a alta dos preços, o tempo de trabalho necessário para adquirir a cesta básica subiu para 117 horas e 01 minuto, exigindo dos trabalhadores 5 horas e 41 minutos a mais de jornada em relação a setembro.