Infelizmente, a discriminação continua prejudicando os esforços para que consigamos alcançar um mundo mais justo e equitativo. Muitas pessoas enfrentam a discriminação diariamente com base em quem são ou no que fazem. A discriminação não desaparecerá sem que enfrentemos ativamente a ignorância, assim como as práticas e crenças que a alimentam.
Acabar com a discriminação requer a ação de todos. “Todos podemos desafiar a discriminação e divulgar o conhecimento”.
Situações diárias
Muitas vezes, a discriminação está baseada em informações errôneas ou medo do desconhecido. Ao olhar para situações cotidianas, a campanha Zero Discriminação 2018 desafia as pessoas a reconhecer onde a discriminação está ocorrendo e a agir para detê-la.
Para isso, o UNAIDS desafia as pessoas a refletir sobre como elas se posicionam ou o que sabem sobre a discriminação. Através de cards com situações hipotéticas e perguntas diversas, todas as pessoas são convidadas e se informar, a se colocar em uma determinada situação e a pensar como reagiriam ou que atitude teriam se isso acontecesse com elas. Os materiais poderão também ser compartilhados com amigos, familiares e seguidores em geral.
“Nunca vamos conseguir garantir o direito à saúde e acabar com a epidemia de AIDS se excluirmos as pessoas”, disse o Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé. “No entanto, grandes barreiras estruturais ainda impedem o acesso a serviços de saúde e o bem-estar de milhões de pessoas.”
A campanha do Dia Mundial de Zero Discriminação 2018 destaca situações cotidianas onde a discriminação ocorre. Ela convida as pessoas a se perguntarem “e se …” e a refletirem sobre suas próprias atitudes e comportamentos:
- E se a pessoa que serve seu café fosse um refugiado? Você retornaria ao café?
- E se a pessoa de quem você compra suas verduras e legumes vivesse com HIV? Você compraria esses alimentos dela novamente?
- E se o seu vizinho tivesse tuberculose? Você pararia para conversar com ele?
- E se o amigo do seu filho vivesse com HIV? Você os deixaria brincar juntos?
- E se sua vizinha tivesse uma religião diferente da sua? Você ainda a receberia em sua casa?
- E se o seu colega fosse gay? Você ainda trabalharia com ele?.
Nele, é possível encontrar depoimentos reais de pessoas que sofreram e sofrem discriminação por situações diversas e também conhecer as 10 sugestões do UNAIDS para que os países dêem sua contribuição rumo à construção de sociedades livres de discriminação, como: garantir educação gratuita em todos os níveis para todas a pessoas; acabar com as desigualdades de gênero; eliminar a discriminação no local de trabalho contra profissionais lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgênero, intersex; revogar e rever leis punitivas que tenham resultados negativos para a saúde e que trabalham com evidências de saúde pública estabelecidas; e garantir que todas as pessoas usufruam do direito ao mais alto padrão possível de saúde física e mental; entre outros.
Além disso, o livreto traz cinco dicas sobre como cada indivíduo pode contribuir para acabar com a discriminação no ambiente onde vive:
- Trate as pessoas com respeito e não discrimine com base em sua raça, idade, orientação sexual, identidade de gênero etc.
- Defenda os direitos das pessoas deixadas para trás, incluindo profissionais do sexo, pessoas que usam drogas, homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, travestis e transexuais, mulheres e meninas, migrantes etc.
- Denuncie a discriminação através de mídias sociais e outras plataformas.
- Escreva a seus legisladores para pressioná-los pela reforma de leis discriminatórias.
- Relembre seu governo que ele tem a obrigação, nos termos da legislação internacional de Direitos Humanos, de garantir o usufruto de todos os Direitos Humanos sem discriminação.