Avanços na inclusão

Não existe melhor forma de inclusão social do que capacitar os jovens de áreas carentes para o mercado de trabalho.

18 AGO 2015Por Luiz Gonzaga Bertelli*09h24

Não existe melhor forma de inclusão social do que capacitar os jovens de áreas carentes para o mercado de trabalho. Colocá-los em contato com a prática profissional é um exercício de cidadania, que garante renda, formação e um futuro melhor para todos. Com 51 anos de experiência na inserção de jovens no mundo do trabalho, o CIEE recomenda o estágio e a aprendizagem como mecanismos catalizadores do processo de capacitação prática do jovem.

Atualmente mais de 70 mil jovens participam do programa Aprendiz Legal – uma parceria do CIEE com a Fundação Roberto Marinho, que cobre, praticamente, todo o país, possibilitando a jovens de 14 a 24 anos, em sua maioria moradores de áreas de vulnerabilidade social, a oportunidade de atuação profissional em empresas, entidades e órgãos públicos.  Os aprendizes participam, uma vez por semana, do treinamento teórico, ministrado por instrutores do CIEE. Além das aulas com temas específicos, voltadas para a área de atuação dos aprendizes – atualmente são nove modalidades: auxiliar de produção industrial, auxiliar de cozinha, comércio e varejo, logística, ocupações administrativas, práticas bancárias, temática, telesserviços, turismo e hospitalidade –, os instrutores trabalham também questões comportamentais que não costumam ser abordadas nos bancos escolares como a importância do relacionamento pessoal, do trabalho em grupo e do foco nos objetivos, entre outros temas.

O estágio também é uma forma importante de inserção profissional. Por meio dessa ferramenta, o CIEE já encaminhou mais de 15 milhões de estudantes para o mercado de trabalho.  Os estagiários costumam desenvolver atividades adequadas à profissão escolhida. Durante o treinamento prático, vivenciam a realidade da carreira, convivem com profissionais qualificados e, no final do estágio, têm uma efetiva oportunidade de contratação, já que em 64% dos casos, o estudante acaba sendo efetivado. Aqueles, que por algum motivo, não conseguem efetivação, têm em seu currículo uma experiência salutar, o que auxiliará nos futuros processo seletivos que vem pela frente. Esse tema foi debatido na semana passada, em Brasília, no seminário A educação brasileira, capacitação de jovens para o mercado de trabalho e inclusão social, organizado pelo CIEE, que contou, entre outras personalidades, com a presença de Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego.

*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, presidente do Conselho Diretor do CIEE Nacional e presidente da Academia Paulista de História.

 

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