Caravana inicia cirurgias de alta complexidade de ortopedia em hospitais de Campo Grande

Serão 112 cirurgias ortopédicas por mês divididas entre o Hospital Adventista do Pênfigo e o Hospital Santa Marina

17 OUT 201617h55

Em mais uma ação da Caravana da Saúde, o governo do estado deu inicio nesse domingo (16) a mais um cronograma de cirurgias eletivas de alta complexidade em hospitais de Campo Grande. Serão 112 cirurgias ortopédicas por mês divididas entre o Hospital Adventista do Pênfigo e o Hospital Santa Marina. Durante a manhã, o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, acompanhou o inicio dos atendimentos em cada hospital. Para o secretário, os trabalhos da caravana da saúde reforçam o planejamento de reestruturação em saúde iniciado pelo governo, reduzindo as filas de espera por um atendimento médico. 

“Foi o nosso compromisso desde o início e estamos fazendo a nossa parte para que a população não espere mais na fila por um procedimento cirúrgico. São pessoas que estão há anos aguardando uma resposta do poder público no setor da saúde. Corremos atrás e conseguimos através de convênios com os hospitais, com um custo muito baixo, movimentar esta fila que estava parada e prejudicava a saúde das pessoas”, disse o secretário. 

Em seu primeiro dia de atendimento, 60 pessoas foram chamadas ao Hospital Adventista do Pênfigo, passando pelas consultas pré-cirurgicas e saindo já com a data da cirurgia marcada. Já no Hospital Santa Marina, os atendimentos foram iniciados no sábado (15), com quatro cirurgias de ortopedia. Para Vandir Oliveira dos Santos, 81 anos, a confirmação de sua cirurgia no quadril significa um alívio após três anos aguardando pelo procedimento. 

“No começo eu fiquei em dúvida, por causa da espera nas tentativas anteriores. Era muito difícil para mim se movimentar e a espera era angustiante, não tinha uma resposta. Houve vezes em que eu fiz as consultas e o risco cirúrgico, mas por causa da demora, os exames perdiam a sua validade e eu tinha que fazer tudo novamente. Mas agora, quando saí do consultório com o médico confirmando a data da minha cirurgia foi uma satisfação enorme”, disse Vandir após sair de sua consulta no Hospital do Pênfigo. 

Aguardando por uma cirurgia há 2 anos, Carmelina Vaz da silva, 57 anos, se emociona ao lembrar dos 5 anos tratando de sua dor no quadril e da frustração em não conseguir realizar o procedimento. “Eu busquei a ajuda médica há 2 anos atrás e até então não conseguia concluir o tratamento por causa da demora. Deixei de fazer muita coisa na minha vida por causa deste problema no quadril, que foi piorando enquanto aguardava uma resposta da saúde. Eu só consiguia dormir com a ajuda de remédios para a dor. Ter esta cirurgia marcada é praticamente uma mudança na minha vida. É uma felicidade poder deixar de lado minhas muletas e já pensar andar de bicicleta daqui há um tempo”, disse Carmelina. 

Kaled Auadala Hajjar, 45 anos, que aguardava a sua consulta, destacou a felicidade ao ser convocado para a realização de sua cirurgia no fêmur após 3 anos de espera. “Depois de toda essa espera e duas vezes tentando concluir o tratamento, a frustração é muito grande. Por causa das dores na perna eu acabei tendo que me licenciar do trabalho. Quando recebi a ligação confirmando a cirurgia, deu até vontade de chorar. Foi muito tempo aguardando esta resposta, e a felicidade é grande”, comemorou Kaled, enquanto aguardava a sua consulta.

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