A segunda reunião deste ano do CEIF-FCO (Conselho de Investimentos Financiáveis pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), realizada na manhã desta sexta-feira (12), na Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), continua com demanda crescente do Setor Rural por financiamento.
Foram apreciadas e aprovadas mais 93 cartas-consultas que totalizam R$ 231.575.346,13 de financiamentos para o Setor Rural e 12 cartas-consultas num aporte de R$ 108.996.523,60 para o Setor Empresarial. Na reunião do mês passado – a primeira do ano – já haviam sido aprovadas 112 cartas-consultas num total de R$ 298 milhões contemplando os dois setores.
“Há um forte ativismo em termos de demanda do Setor Rural, focado principalmente na aquisição de máquinas e equipamentos. Isso é compreensível, Mato Grosso do Sul, segundo dados da Conab, teve o segundo maior crescimento de área plantada no país, o que naturalmente gera uma demanda forte por máquinas, principalmente colheitadeiras. E essa é uma tendência: o agro continuar a apresentar boa rentabilidade, já que o bom desempenho do setor justifica essa ampliação”, analisou o secretário da Semagro e presidente do CEIF-FCO, Jaime Verruck.
Chamou a atenção do secretário a crescente presença de outros agentes financeiros na linha de financiamento nesse ano. “Além da atuação do Banco do Brasil, o principal operador do FCO, notamos a participação importante do BRDE e do sistema cooperativista através do Sicredi. Temos todo interesse em incentivar as cooperativas, conseguimos mudar a legislação e hoje o Sicredi já começa a ter um protagonismo significante nas operações de FCO”, disse.
Ainda no setor rural, aparecem demandas importantes na pecuária como reformas de pastagens, aquisição e retenção de matrizes bovinas. “É o produtor procurando investir em diversificação, o que está muito alinhada à estratégia de desenvolvimento da política agrícola do Mato Grosso do Sul”, pontuou Verruck.
Por outro lado, o secretário destaca que, “cada vez mais o FCO fica pequeno sob o ponto de vista da demanda do Estado”. Nesse sentido, há uma ação política forte para ampliar a base de volume de recursos disponibilizados, que está na média de R$ 2 bilhões há ........... anos. Com a forte demanda do setor rural consolidada, Verruck entende que é preciso “não perder de vista a necessidade de ampliar a participação do Setor Empresarial.” Para tanto, pretende definir estratégias conjuntas com a Fecomércio, Sebrae, Fiems, sobretudo para intensificar a divulgação das vantagens do FCO junto aos empresários.
Mato Grosso do Sul terá disponível R$ 1,698 bilhão em recursos do FCO no ano de 2021 para o financiamento de novos empreendimentos rurais e empresariais. Em 2020 foram realizadas 3.371 operações de crédito no FCO, sendo 1810 no Rural e 1561 no Empresarial, que utilizaram 100% do total de R$ 1,5 bilhão disponíveis para Fundo no ano passado.
João Prestes, Semagro
Foto destaque: Saul Schramm