Escolas Estaduais dão exemplo na área de pesquisa científica

13 JAN 2020Por Theresa Hilcar06h00

Campo Grande (MS) – O protagonismo dos estudantes da Rede Estadual de Ensino (REE) em projetos voltados para diversas áreas e também em trabalhos que beneficiam o cotidiano das escolas é motivo de orgulho para o Estado. No campo científico, por exemplo, MS já foi representado em feiras por todo o País – e até mesmo no exterior – bem como em eventos regionais voltados para as áreas de Ciências da Natureza, Alimentação, Engenharia da Computação e até Mecânica. Projetos e ideias não faltam aos alunos e professores da REE. De engenharia aeroespacial, passando por trabalhos científicos e experimentos ecológicos, Mato Grosso do Sul, através de sua rede de escolas, está formando e incentivando os talentos do presente e do futuro.

MS é campeão em participação de eventos científicos

Considerada uma das Feiras mais importantes do País, a Febrace – USP teve participação expressiva das escolas estaduais do Mato Grosso do Sul em 2019, com 25 projetos de pesquisa. Pelo segundo ano consecutivo, MS consolida-se como o Estado com o maior número de finalistas no evento.

Na edição 2019 a Escola Estadual Teotônio Vilela, que coleciona prêmios na área de ciências, foi premiada em várias categorias com o projeto “Análise do efeito alelopático de Leucaena leucocephala sobre Lactuca sativa var. crispa e Cecropia sp.”.

A aluna Thailenny Rezende, orientada pelo professor Vagner Almeida, conseguiu o primeiro lugar em biológicas, como o melhor trabalho de Mato Grosso do Sul. Com o prêmio de Mérito Acadêmico de Ciências Moleculares, se credenciou para a Intel Isef, feira que aconteceu na cidade de Phoenix, nos Estados Unidos, maior feira científica para estudantes do ensino médio do mundo. Além da credencial para Intel Isef, a pesquisa conquistou a primeira colocação geral na área de Ciências Biológicas e o Prêmio Destaque do Ano – Ciências Moleculares.

 

E E Amélio de Carvalho Bais

Escola de autoria tem alto desempenho 

Localizada no bairro Cophatrabalho, a Escola Amélio de Carvalho Baís, tem como matérias eletivas o jogo de xadrez, uma disciplina chamada “Projeto de Vida” e, entre outros prêmios, acaba de ganhar o quarto lugar na Mostratec (feira de ciência e tecnologia realizada anualmente pela Fundação Liberato, na cidade de Novo Hamburgo (RS) – evento que se destina a apresentação de projetos de pesquisa em diversas áreas do conhecimento humano.

Uma das instituições de ensino integral que fazem parte da chamada “Escola de Autoria”, com foco no protagonismo do aluno, a Amélio Baís também ganhou destaque na Febrace com o projeto finalista em Microbiologia:  “BIO107 – O desperdício tem ctrl+z: a busca pela ação antimicrobiana de um desinfetante de casca de laranja”. As autoras são as alunas Larissa Daiane Ojeda e Thamiris Wolff Gonçalves, com orientação das professoras Smenia Aparecida da Silva Moura e Lis Regiane Vizolli Favarin.

Em 2019 outro três outros projetos da Escola participaram da 71º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência- SBPC, no campus da UFMS. Os trabalhos apresentados foram: “Elaboração do aplicativo histórico-geográfico da área central de Campo Grande/MS”, desenvolvido pelos alunos Gustavo Henrique Stahlke Augusto e Gabriel Yoshimura Sadovski, sob orientação dos professores Luciano Araújo Martins e Hélio Rodrigues Júnior; “Concepção para as competências do século XXI”, de autoria da professora Carolina Lino, e “Visão Do Empoderamento Feminino Em Áreas Do Stem Na Escola Estadual Amélio De Carvalho Baís”, desenvolvido pelas alunas Ludimila Ribeiro de Mello e Júlia das Mercês, e orientado pelas professoras Carolina e Marta Sandim.

“O perfil da nossa escola é formar o jovem nas suas multi-dimensões intelectuais”, explica o diretor da instituição, Paulo Castaldeli. Os estudos orientados, segundo ele, trabalham a autonomia do aluno. O resultado de tudo isto? Maior engajamento dos estudantes e melhoria no desempenho da escola, que atrai estudantes de vários bairros da cidade e não apenas do entorno.  “Ter o estudante como protagonista no processo de aprendizagem, ação incentivada pela SED, é bastante positivo e contribui muito para a o trabalho em equipe na sala de aula e na vida e fundamental para o aprendizado dos alunos”, ressalta o diretor.

 

Theresa Hilcar – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Arquivo

 

 

 

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