Fadas, descaso com a natureza e Lidia Bais são temas da 3ª Temporada de Exposições do Marco

09 NOV 2019Por Karina Medeiros de Lima04h48

Campo Grande (MS) – A Terceira Temporada de Exposições do Museu de Arte Contemporânea (Marco) 2019, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, abordará nessa edição temas como o mundo das fadas, homenagem a Lídia Bais, desmatamento e natureza. A abertura será na próxima quarta-feira (13), às 19h30, com entrada franca.

A exposição “Maravilhando Fabulações de mãos dadas com uma Fada” da artista gaúcha Andréa Brächer aborda a Fotografia e Literatura: de um lado a remissão à realidade; do outro, o cultivo à fantasia. Porém, apesar deste aparente paradoxo, ambas são capazes de produzir linguagens simbólicas e trabalhar com a ficção. Suas obras apresentam diferentes técnicas fotográficas, um vídeo em looping de 20s e um poema de William Butler Yeats. Mesclando trabalhos fotográficos históricos e contemporâneos, produzidos a partir das técnicas de photogenic drawing ou desenho fotogênico, marrom van dycke e cianótipos.

Andréa Brächer  possui graduação em Comunicação Social, mestrado em Artes Visuais e doutorado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul . Foi bolsista Capes em 2008 em Estágio Doutoral no Estrangeiro na University of the Arts London. Desenvolveu pesquisa de Estágio Sênior na University of the Arts London como bolsista Capes. Atualmente é professora de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e pesquisa Processos Fotográficos Históricos e Alternativos desde 2003. Fundadora e coordenadora do grupo Lumen – em estudos e processos fotográficos históricos. Já participou de diversas exposições individuais e coletivas em nível nacional.

A exposição “As descendentes de Lídia” expressa à multiplicidade e as possibilidades do ser mulher partindo das experiências espirituais, filosóficas e históricas da existência humana. É a expressão da subjetividade de ver e entender o mundo e as relações femininas.

Essa mostra é resultado do firmamento entre mulheres artistas que se denominam protagonistas de suas próprias histórias. O coletivo se forma de modo não excludente e se manifesta das mais variadas formas. São trabalhos que envolvem fotografia, pintura, desenho, colagem, instalação artística, objetos cotidianos e diferentes ações propositivas. As artistas Ana Carolina Sandim, Isabê, Fernanda Reis, Joyce Gomes, Kim Weiss e Marcia Albuquerque homenageiam a artista Lídia Baís como referência feminina de resistência.

A exposição “Quando a Geometria chega à Floresta” do artista boliviano Leoni Manrique retrata através de pinturas a geometria da terra, ocasionada por extrativismo, superprodução e desflorestamentos gerados pelo consumismo, partindo de um ponto, como inicio de uma posição, uma coordenada geográfica que marca o começo da tela, seguem traços e linhas que são o conjunto de infinitas árvores que foram extraidas em uma reta que tem inicio e talvez não tenha fim.

Leoni é artista visual formado pela Universidade Maior de San Andrés (Bolívia). Desenvolve-se em várias manifestações artísticas: pintura, muralismo, performance e instalações. Suas obras são frutos da inspiração de diferentes culturas (chiquitana, afro-boliviana, andina, amazônica e guarani). Apresentou exposições individuais e coletivas em diferentes cidades da Bolívia e em outros países como Costa Rica, Uruguai, Brasil, Chile, Peru, Áustria, Estados Unidos e Moçambique.

A exposição “A, AR, ÁRVORE ll” da artista Lúcia Martins Coelho Barbosa é sequencia da mostra realizada em 2003 no MARCO abordando as questões ambientais, dessa vez a artista dialoga com uma figura pictórica, transformando o desenho em círculos reais de uma árvore esfacelada, em uma instalação interativa “Pedra Vegetal” com peças circulares de duas árvores, ela brinca com a possibilidade de pular um rio sem que o rio exista. Nessa exposição as obras de pintura e fotografias da artista misturam a rusticidade da árvore do cerrado com o refinamento vegetal do rio, para ela a árvore de pé vale sempre mais que a árvore deitada.

Lúcia Martins vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em História pela FUCMAT. De 1995 a 2005 realizou residência no Ateliê de Azad Nanakèli em Firenze, Itália. Pós-graduação na área de Comunicação Imagem e Som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Há mais de 40 anos atua na área de artes, já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA e Japão. Com o projeto Peretá, mostrou o grafismo indígena e instalações em 4 capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande. Tendo recebido várias menções honrosas e premiações, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. Em 2016 criou o Múltiplo Ateliê onde desenvolve trabalhos com artistas pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança, yoga e audiovisual.

Serviço: A Terceira Temporada de Exposições do Museu de Arte Contemporânea fica aberta ao público de 14 de novembro de 2019 a 02 de fevereiro de 2020, sempre com entrada franca.

O Marco fica na Rua Antônio Maria Coelho, nº 6000, no Parque das Nações Indígenas. As visitações podem ser feitas de terça a sexta, das 7h30 às 17h30. Sábados e domingos das 14 às 18 horas.

Para mais informações e agendamento com escolas ou grupos para realização de visitas mediadas com as arte educadoras do Programa Educativo, basta ligar no telefone (67) 3326-7449. 

Contatos para a Imprensa:

Andréa Brächer: (51) 98115-0791

Fernanda Reis: (67) 99914-0675

Leoni Manrique : (591) 7513-5561

Lúcia Martins: (67) 99812-0403

Texto: Jefferson Benicio

Fotos: Divulgação dos artistas

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