“Revoada”, “offzinho”, “clandestino”, não importa como se chamam: as festas clandestinas, regadas a bebidas e frequentadas por jovens campo-grandenses, se tornaram algo comum durante a pandemia e, com as restrições, uma vertente ilegal do entretenimento na Capital.
Desde a chegada da pandemia, as primeiras proibições foram relacionadas a aglomerações e festas, afetando boates, casas de show, bares e diversos comércios dos seguimentos. Meses depois ocorreu o surgimento dos “clandestinos”.
Festas realizadas por jovens, com entradas acessíveis e bebidas baratas – muitas vezes de baixa qualidade e procedência duvidosa – mas cumprem o seu papel: “deixar louco”, como os frequentadores dizem.
Esses eventos, em grande parte realizados sem autorização sanitária, possuem características comuns na organização, convite e realização, com o objetivo de burlar a fiscalização municipal.
Fácil acesso
Para realização da matéria, a reportagem se passou por um interessado no “rolê clandestino”, os convites são enviados através de grupos ou listas de transmissões em aplicativos de mensagens, não é preciso ir muito longe para conseguir um contato que irá conseguir um “convite”.
Apesar da palavra “convite”, não é necessário um papel ou algo do tipo para adentrar no local, a única barreira é descobrir um local. Para isso entramos em contato, através do WhatsApp, com três números.
Um organizador de eventos antes da pandemia, os outros dois, contatos disponíveis em redes sociais para duvidas relacionadas a supostos eventos que deveriam ocorrer nos próximos meses.
Basta algumas mensagens para conseguir o flyer (panfleto) digital sobre o evento. Como é possível ver abaixo, as informações necessárias estão todas expostas: entrada das 22h às 00h, mulheres não pagam, para homens a entrada custa R$ 15,00.