É julgado nesta sexta-feira (11), em Campo Grande, o técnico de enfermagem Rômulo Rodrigues Dias, de 33 anos, acusado de matar e sumir com o corpo da esposa Graziela Pinheiro Rubiano, que tinha 36 anos. Ele está preso e nega o feminicídio. O corpo dela nunca foi encontrado.
Graziela desapareceu em abril de 2020. Uma colega dela foi quem comunicou à polícia. Segundo ela, a amiga havia apresentando comportamentos que a fizeram suspeitar de violência doméstica.
Na época, Rômulo afirmava que não tinha qualquer relação com o desaparecimento da esposa. Após inúmeras contradições no depoimento, ele foi apontado como responsável por um "relacionamento abusivo, no qual a vítima não conseguia se desvencilhar do denunciado, que ameaçava se matar caso a vítima rompesse a relação".
Investigações
Durante investigações, a Delegacia Especializada em Repressão à Homicídios (DEH) encontrou indícios que relacionavam o técnico de enfermagem ao desaparecimento.
Em junho de 2020, um exame de DNA apontou que sangue achado no carro de Rômulo pertencia a Graziela. Com isso, o técnico de enfermagem teve a prisão temporária convertida em preventiva. Ainda assim, ao ser questionado sobre o paradeiro do corpo, ele seguia negando qualquer envolvimento.
Corpo de Graziele não foi encontrado desde desaparecimento em abril de 2020. — Foto: Reprodução/RedesSociais
Além dos vestígios encontrados no carro de Rômulo e também na casa onde ele vivia com a Graziela, a polícia também apreendeu um pano com muitas manchas de sangue e o aparelho celular dele. Nada estava visível e a descoberta somente foi possível por conta do reagente luminol, despejado no imóvel. Conforme a investigação, foram encontradas pesquisas de como amputar partes do corpo, entre outros assuntos.
Para os amigos, que faziam curso de técnico em enfermagem tanto com Rômulo quanto com a Graziela, ressaltam a frieza do suspeito do crime. Conforme os colegas, que preferem não serem identificados, o ex-colega foi considerado como "um homem muito frio, um monstro".
Pouco antes do sumiço de Graziela, conforme consta nos autos da DEH, ela e Rômulo estavam em um balneário e teriam tido uma discussão após a vítima supostamente "levar bronca de um funcionário".