Temporal em Petrópolis deixa 41 mortos; bombeiros ainda não sabem quantos são os desaparecidos

Grande parte da cidade está sem luz nem água. 'São inúmeros carros abandonados, ônibus dentro de rios', disse o secretário de Defesa Civil.

16 FEV 2022Por David Marques 10h48

A Prefeitura de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, e o Corpo de Bombeiros informaram na manhã desta quarta-feira (16) que subiu para 41 o número de mortos após a tempestade da tarde de terça (15). O Corpo de Bombeiros ainda não tem ideia do número de desaparecidos.A Defesa Civil informou que ainda há previsão de chuva moderada a qualquer momento no município nesta quarta-feira (16) . Em caso de emergência, o telefone 199 está disponível.

Morros vieram abaixo, carregando pedras do tamanho de carros; veículos ficaram empilhados com a força da correnteza; vias importantes foram bloqueadas, dificultando o acesso aos desabrigados.Outras regiões também foram atingidas, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga.

Segundo Castro, o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, deve ir à cidade na próxima sexta-feira (18). “Grupos de trabalho já estão vendo o que vai precisar ser reconstruído. Mas nesse momento é salvar as pessoas e limpar a lama, lixo e escombros”, disse.Castro afirmou que “as sirenes funcionaram perfeitamente”. “Tanto que a tragédia não foi maior porque as sirenes funcionaram.”

“Mas foi uma tragédia de uma hora para outra, com uma quantidade de chuva raramente vista: 200 milímetros em duas horas é uma quantidade absurda e infelizmente, não teve como salvar todas as pessoas”.

'Muita gente chegando em óbito, cheia de terra, de várias idades', relatou um médico em um pronto-socorro.

“Estamos passando por uma situação de extrema gravidade, e direcionamos todos os esforços para garantir o socorro da população”, destacou o prefeito Rubens Bomtempo.

A busca por sobreviventes em meio ao soterramento no Morro da Oficina seguiu intensa ao longo da madrugada e contou com a ajuda de moradores e equipes dos Bombeiros, Exército e Defesa Civil.

Agentes das secretarias de Obras, de Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Comdep e CPTrans também atuavam no atendimento da população e recuperação da cidade.

“Orientamos a população que ao sinal de qualquer instabilidade nas áreas em que residem, que procure o ponto de apoio e nos acionem”, destacou o secretário de Defesa Civil, o Tenente Coronel Gil Kempers.

Pontos de apoio

A Prefeitura abriu todos os pontos de apoio para o acolhimento da população de área de risco.

"Em geral, essas estruturas funcionam em escolas e neste momento, há atendimentos nas localidades do Centro, São Sebastião, Vila Felipe, Alto Independência, Bingen, Dr. Thouzete e Chácara Flora. Ao todo, 184 pessoas estão recebendo suporte da prefeitura, que direcionou para as unidades profissionais da Saúde, Educação, Agentes Comunitários, além da Defesa Civil", disse o município.

Pontos de Acolhimento

Esses locais recebem doações e abrigam desalojados:

 

  • Centro de Educação Infantil Chiquinha Rolla

  • Escola Estadual Augusto Meschick

  • Escola Municipal Alto Independência

  • Escola Municipal Ana Mohammad

  • Escola Municipal Doutor Paula Buarque

  • Escola Municipal Doutor Rubens de Castro Bomtempo

  • Escola Municipal Duque de Caxias

  • Escola Municipal Governador Marcello Alencar

  • Escola Municipal Odette Fonseca

  • Escola Municipal Papa João Paulo II

  • Escola Municipal Rosalina Nicolay

  • Escola Municipal Stefan Zweig

  • Escola Paroquial da Igreja Bom Jesus

  • Quadra do Boa Esperança Futebol Clube

  • Paróquia São Paulo Apóstolo no bairro de Copacabana

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