Na tarde de quarta-feira (05 de fevereiro), o gabinete do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, foi palco de uma reunião estratégica. De um lado, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJMS), Desembargador Dorival Renato Pavan, estreando nas articulações de sua nova gestão. De outro, Gerson Claro, presidente da Assembleia Legislativa, e Romão Avila Milhan Júnior, procurador-geral do Ministério Público. Na pauta: alinhamento entre os três Poderes para fortalecer a execução de políticas públicas e otimizar a administração do Estado.
Pavan deixou claro que não era apenas uma visita de cortesia. “A cooperação institucional é fundamental para enfrentarmos os desafios sociais e econômicos. Precisamos de diálogo constante para construir pontes entre os Poderes e, principalmente, com a sociedade”, afirmou. A fala ecoou seu discurso de posse, quando mencionou a necessidade de uma “administração dialógica”, ou seja, aberta ao debate e às trocas de ideias como base de governança.
O peso da integração nas políticas públicas - O encontro abordou temas como o aprimoramento da gestão de recursos públicos, melhorias no sistema judiciário e projetos conjuntos nas áreas de segurança e assistência social. “Não se governa de forma isolada”, destacou Riedel. “O diálogo com o Judiciário e o Legislativo é essencial para garantir o bom andamento das políticas públicas, principalmente aquelas voltadas para a população mais vulnerável”, completou.
A Assembleia Legislativa, segundo Gerson Claro, pretende atuar como ponte entre os interesses da sociedade e as decisões administrativas. “Nosso papel é criar um ambiente propício para a execução dessas políticas. Trabalhando juntos, os resultados chegam mais rápido”, disse.
Por trás do discurso diplomático, a reunião também sinaliza um movimento estratégico: a intenção de criar grupos de trabalho conjuntos, que serão responsáveis por acompanhar as demandas administrativas e propor soluções de forma integrada.
Projetos em comum e próximos passos - Entre os assuntos discutidos, ganharam destaque os programas de modernização administrativa, com foco na digitalização de serviços públicos, e ações para a proteção social. De acordo com Romão Avila, o Ministério Público está comprometido em apoiar projetos que melhorem o acesso da população à Justiça e aos serviços básicos. “A sinergia entre os Poderes permite que as demandas da população sejam atendidas com mais eficiência”, afirmou.
Um dos exemplos citados na reunião foi a necessidade de otimizar os processos de tramitação de recursos financeiros para projetos de infraestrutura, saúde e educação. “O ideal é que a burocracia não se transforme em um obstáculo ao desenvolvimento”, disse um participante do encontro.
Além disso, o grupo discutiu a possibilidade de parcerias com o setor privado para projetos de interesse público. Embora os detalhes não tenham sido revelados, a ideia é ampliar o leque de opções de financiamento de obras e programas sociais.
Diálogo permanente como meta da gestão - Para o presidente do TJMS, o diálogo é uma ferramenta estratégica. “Não se trata apenas de buscar resultados imediatos. Queremos construir algo sustentável, que promova o bem-estar da população a longo prazo”, afirmou Pavan. Ele também destacou a importância de priorizar a dignidade humana em cada ação do Judiciário, um dos pilares de sua gestão.
Ao final do encontro, os representantes dos Poderes saíram com a agenda de criar uma série de reuniões periódicas para dar andamento às propostas discutidas. A expectativa é de que o primeiro grupo de trabalho seja formado ainda este mês.