DEFRON desmonta esquema criminoso com participação de presos

As investigações tiveram início no começo do ano quando policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) prenderam em flagrante quatro indivíduos que roubaram uma caminhonete no município de Deodápolis, na noite do dia 16 de fevereiro de 2022.

17 JUN 2022Por msemfoco09h06

Policiais da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON), cumpriram esta semana seis mandados de prisão preventiva de membros de uma organização criminosa voltada a prática de roubos de caminhonetes com as vítimas sendo rendidas e mantidas em cativeiro. Dois mandados foram cumpridos na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira I, município de Campo Grande, e quatro mandados na última quinta-feira (15), na Penitenciária Estadual de Dourados/MS e um dentro do Estabelecimento Penal Feminino de Jateí.

As investigações tiveram início no começo do ano quando policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) prenderam em flagrante quatro indivíduos que roubaram uma caminhonete no município de Deodápolis, na noite do dia 16 de fevereiro de 2022.

Eles foram interceptados em Dourados quando tentavam chegar ao Paraguai com o veículo tomado de assalto. No mesmo dia mais uma pessoa que tinha ligação com o crime foi presa em Deodápolis.

Os investigadores descobriram também que a organização criminosa a que os presos faziam parte era responsável pelo roubo de caminhonetes e de caminhões dos pátios das prefeituras dos municípios do Estado do Mato Grosso do Sul, com atuação em toda a região de Dourados e do Vale do Ivinhema.

Os bens roubados eram levados para o Paraguai e trocados por entorpecentes. A ordem e as dicas dos locais que seriam furtados partiam de dois presos que cumprem pena na Penitenciária Estadual de Dourados.

Os dois foram transferidos da PED para a Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira I, Campo Grande, com extensas fichas criminais, coordenavam a ação dos assaltantes que estavam em liberdade, decidindo as residências que seriam assaltadas.

O grupo era organizado de tal forma que os gastos eram pagos em dinheiro ou via pix e eram usados para o transporte até o local dos crimes, para alimentação, para aquisição de munições e armas de fogo que seriam utilizadas nas empreitadas.

Com a estrutura fornecida pelos internos, os assaltantes que estavam em liberdade tinham funções bem delineadas. Um indivíduo ficava incumbido de fotografar as residências e enviar as imagens para os presos da PED decidirem sobre o roubo e de transportar os assaltantes que executariam o roubo até a casa das vítimas; para tanto, esse indivíduo atuava como motorista de aplicativo, utilizando um veículo Citroën C3 e era de confiança dos internos da PED.

Três indivíduos, incluindo um adolescente, executavam os assaltos, ocasião em que rendiam e amarravam as vítimas em suas residências utilizando armas de fogo até o veículo roubado atravessar para o Paraguai. Por fim, uma mulher era encarregada de negociar o veículo no Paraguai, ela era quem possuía os contatos dos receptadores no país vizinho, para depois repartir do dinheiro com os membros da organização criminosa.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo Poder Judiciário da Comarca de Deodápolis. O caso segue em investigação e novas vítimas podem surgir, inclusive em outros estados.

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