Desde às 6h desta sexta-feira (21), viaturas do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) estão na Prefeitura de Camapuã – município distante 140 quilômetros de Campo Grande. O prédio público é um dos locais onde estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão, na terceira fase da operação Tempestade III. Além do interior, a operação também cumpre mandados em Campo Grande.
Na prefeitura os agentes estão vasculhando a “sala das licitações”. A mesma onde, no ano passado, segundo justificativa da prefeitura, a chuva teria destruído documentos requisitados pelo Gaeco - acontecimento que deu nome a operação.
Em Campo Grande, informações extraoficiais dão conta de que mandados estão sendo cumpridos em uma empresa, localizada na região da Avenida Júlio de Castilho.
Tempestade - A operação faz alusão à chuva que houve na região e foi o motivo alegado pela prefeitura de Camapuã para o sumiço de contratos de construção e de compra no ano passado.
A prefeitura, após receber a solicitação dos documentos, registrou boletim de ocorrência alegando que uma forte chuva danificou a estrutura da calha da sala de digitalização, onde ficavam guardadas as pastas.
Esta terceira etapa da Operação Tempestade foi autorizada pelo Poder Judiciário de Camapuã. Os documentos apreendidos hoje, junto com os da primeira e segunda fase, vão comprovar se houve fraude ou desvio de dinheiro público.
Os policiais ainda vão colher depoimentos de testemunhas e investigados, dentre servidores públicos e fornecedores municipais.
Estão sendo apurados crimes de fraudes em licitações, peculato, corrupção ativa e passiva.